quarta-feira, 1 de março de 2023

Era vez um mar chamado Aral. Jonas Alexandre Xerém da Silva – JAXS.


mar de Aral foi um lago de água salgada, localizado na Ásia Central, entre as províncias de Aqtobe e Qyzylorda (ao norte), e a região autônoma uzbeque de Caracakpaquistão (ao sul). O nome (em português, mar das Ilhas) refere-se à grande quantidade de ilhas presentes em seu leito (mais de 1500). Este já foi o quarto maior lago do mundo com 68 000 km² de superfície e 1100 km³ de volume de água, mas tem encolhido gradualmente desde os anos 1960 após projetos de irrigação soviéticos terem desviado os rios que o alimentam. Em 2007 já havia se reduzido a apenas 10% de seu tamanho original, e em 2010 estava dividido em três porções menores, em avançado processo de desertificação.


A outrora próspera indústria pesqueira foi praticamente destruída, provocando desemprego e dificuldades económicas. A região também foi fortemente poluída, com graves problemas de saúde pública como consequência. O recuo do mar também já terá provocado uma mudança climática local com verões cada vez mais quentes e secos, e invernos mais frios e longos.

Está em curso uma iniciativa no Cazaquistão para salvar e recuperar o norte do mar de Aral. Como parte desta iniciativa, foi concluída uma barragem em 2005, e, em 2008, o nível da água já havia subido doze metros em comparação ao nível mais baixo, registrado em 2003. A salinidade caiu, e os peixes são encontrados em número suficiente para tornar a pesca viável. No entanto, as perspectivas para o mar remanescente do sul permanece sombria, tendo sido chamado de "um dos piores desastres ambientais do planeta".

 

A presença militar russa no mar de Aral começou em 1847, com a fundação da Raimsk, que logo foi rebatizado Aralsk, perto da foz do Sir Dária. Logo, a Marinha Imperial Russa começou a implantar os seus navios no mar. do mar de Aral.

Para a navegação, em 1851, dois navios recém-construídos chegaram da Suécia, novamente através de caravanas até Orenburgo.

O governo soviético começou a desviar parte das águas dos rios que alimentavam o mar de Aral, o Amu Dária (ao sul) e o Sir Dária (no nordeste) em 1918. Com o fim da I Primeira Guerra Mundial havia a necessidade de aumentar a produção de alimentos, tais como arroz, cereais e melões. Havia também planos de se produzir algodão no deserto próximo ao lago; o algodão sempre valorizado era chamado “ouro branco”.

A quantidade de água retirada dos rios que abasteciam o mar de Aral duplicou entre 1960 e 2000, assim como a produção de algodão. No mesmo período, o Uzbequistão tornou-se o 3º maior exportador de algodão do mundo. Como consequência da redução do volume de água, a salinidade do lago quase quintuplicou e matou a maior parte de sua fauna e flora naturais. A próspera indústria pesqueira faliu, assim como as cidades ao longo das margens. Houve desemprego e dificuldades econômicas.

Mapa dos desvios dos rios Amu Dária e Sir Dária.

 As poucas águas do mar de Aral também ficaram fortemente poluídas, em grande parte como resultado de testes com armamentos e projetos industriais, e o uso maciço de pesticidas e fertilizantes. As pessoas passaram a sofrer com a falta de água doce e as culturas na região estão sendo destruídas pelo sal depositado sobre a terra. Nos últimos anos, o vento tem soprado sal a partir do solo seco e poluído, e causado danos à saúde pública. Há também relatos de alterações climáticas na região, com verões cada vez mais quentes e secos, e poluído, e causado danos à saúde pública. Há também relatos de alterações climáticas na região, com verões cada vez mais quentes e secos, e invernos mais frios. A situação do mar de Aral e sua região é descrita como a maior catástrofe ambiental da história.

A superfície do mar de Aral já reduziu em 60% do seu tamanho e em cerca de 80% do seu volume. Em 1960 o mar de Aral era o quarto maior lago do mundo, com uma área aproximada de 68 000 km ², e um volume de 1 100 km ³. Em 1998, caiu para 28 687 km ², o oitavo maior lago do mundo. Durante o mesmo período, a salinidade do mar aumentou cerca de 10 g/l para cerca de 45 g/l.


Em 2005, foi concluída a Barragem de Kokaral, um dique de 12 km de comprimento, no Cazaquistão, com o objetivo de reduzir a quantidade de água que jorra para a porção sul do lago. O projeto contou com o apoio do Banco Mundial e custou US$ 87 milhões. Também foram realizadas melhorias nos canais do rio Sir Dária, o que ampliou o fluxo de água para a parte norte do Mar de Aral. Com o aumento no nível do lago, a produção pesqueira saltou de 1.360 toneladas, em 2006, para 7 106 toneladas, em 2016. Há um novo projeto de ampliar o tamanho do dique, o que poderia aumentar o volume de água da porção norte em 50%.

Mar de Aral seco no Uzbequistão.

Em torno de 2,7 bilhões de metros cúbicos de água transbordam da barragem de Kokaral para a parte sul do Mar de Aral, todos os anos. No entanto, a evaporação dessa água impede o aumento do nível do sul do lago. A necessidade econômica do rio Amu Dária para irrigação da produção de algodão no Uzbequistão tem impedido a realização de projetos para a recuperação do sul do lago. Essa porção é constituída por uma faixa de água no oeste e uma bacia seca no leste.

Esse é modelo que eu fiz de como poderia ser a transposição do Mar de Aral. As águas do rio Amudária poderiam ser desviadas para a irrigação e seguir para o Aral sem causar danos.

Minha proposta.

Em 2015, eu criei um projeto de irrigação chamado Aguater (Água, Ar e Terra) para todas as regiões secas do mundo, inclusive para o Mar de Aral. Minha ideia é fazer os desvios através de um canal dos rios Ienissei e Ob na Rússia até o Cazaquistão. O canal seria o da Sibéria.

Mapa do canal da Sibéria na Rússia e Cazaquistão.

Quem sabe um dia, o mar de Aral voltará como era antes, com sua beleza natural, as pessoas voltarem a trabalhar na pesca e terem uma boa qualidade de vida.

 

Se você gostou e quiser doar qualquer valor para apoiar meu trabalho será bem-vindo. Deus te abençoe e proteja.

Pix: 033 064 281 24. Jonas Alexandre Xerém da Silva. 













 

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