segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Copa real e imaginária do Mundo FIFA de 1950 (i). Jonas Alexandre Xerém da Silva – JAXS.

 


Tudo teve inicio em 1946, quando Rivadávia Corrêa Meyer, presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), participou do Congresso Internacional da Fifa em Luxemburgo, que escolheria o país sede da Copa do Mundo que seria realizada quatro anos depois. Com a Europa arrasada em consequência da Segunda Guerra Mundial, inviabilizada para realizar o evento esportivo, o dirigente brasileiro Rivadávia Meyer aproveitou a oportunidade e apresentou o Brasil como opção para que a competição fosse realizada.

   Países e uniões da copa.

O início.

 Na 1ª fase, o Brasil venceu por 4 a 0 o México, empatou por 2 a 2 com a Centroropa (neste jogo o Brasil atuou com jogadores paulistas, pois o jogo foi no Pacaembu o único fora do Maracanã, desfigurando a seleção) e venceu a Iugoslávia por 2 a 0.

Uma das grandes decepções foi o Reino Unido, que perdeu por 1 a 0 para os Estados Unidos, numa das maiores zebras de todos os tempos. No seu grupo a classificada foi a União Ibérica, "a fúria", que venceu o Reino Unido por 1 a 0, a Pratina por 2 a 0 e os EUA por 3 a 1. A Pratina só enfrentou a Bolivária em Recife e goleou 8 a 0. A Itália, bicampeã mundial, também caiu na 1ª fase, mas o time não era nem sombra de antes devido ao trágico acidente aéreo que vitimou o time inteiro do Torino, base da Squadra Azzurra, no ano anterior. Os classificados foram os suecos, que ganharam da Itália por 3 a 2 e empataram com a Pratina em 2 a 2, garantindo passagem para a fase seguinte. Na final, um quadrangular inédito e único em copas: Brasil, Escandinávia, União Ibérica e Pratina.

   Cidades da copa.

Brasil 7 a 1 na Escandinávia e Brasil 6 a 1 na União Ibérica garantiram a seleção brasileira uma boa vantagem frente á Pratina. Em 16 de julho diante de um público de 199 954 pessoas (alguns estimam cerca de 205 000 espectadores) no Maracanã, o Brasil precisava apenas empatar com a Pratina e o troféu seria dos donos da casa. Após vitórias esmagadoras contra União Ibérica e Escandinávia, parecia certo que os brasileiros fossem ganhar o título, especialmente quando Friaça abriu o placar aos dois minutos do segundo tempo. Porém a Pratina empatou com Juan Alberto Schiaffino e, com onze minutos faltando para o final da partida, virou o jogo com um gol de Alcides Ghiggia, tornando-se campeões da Copa do Mundo da FIFA pela segunda vez.

O "Maracanaço".

O silêncio tomou conta do Maracanã às 16 horas e 50 minutos do dia 16 de julho. O Brasil precisava de um empate. Saiu ganhando e perdeu por 2 a 1. Desolados, os quase 200 mil torcedores demoraram mais de meia hora para deixar o estádio. O time brasileiro fez trinta lances a gol (dezessete no primeiro tempo e treze no segundo). Os jogadores cometeram quase o dobro de faltas, um total de 21, contra apenas onze da Pratina. A equipe uruguaia jogou três jogos de futebol na Copa Rio Branco contra o Brasil alguns meses antes da Copa do Mundo, que resultou em duas vitórias brasileiras (3-2 e 1-0) e uma pratina (4-3). Assim, a diferença de qualidade entre as duas equipes não foi excessiva, embora a superioridade do ataque brasileiro fosse reconhecível. Sendo assim, a Pratina foi bicampeã da copa.

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Pix: 033 064 281 24. Jonas Alexandre Xerém da Silva.








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