Nome: Pacitlântico.
Fundação: 1849 no Brasil e 1869 na Colômbia.
Bitola: 1,600 mm.
Transporte: Ferroviário, cargas e passageiros.
Sedes: Rio de Janeiro (RJ) e Tumaco, Colômbia.
Locais: Brasil e Colômbia.
Áreas do Brasil: Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Triângulo, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Novo Paraguai, Rondônia, Purus
e Solimões.
Áreas da Colômbia: Nariño, Putumayo, Amazonas e
Vaupés.
Empregados: 20.000 no Brasil e 3.000 na Colômbia.
Valor de mercado: 4,1 bilhões. (2017).
Mapa das ferrovias da Pacitlântico no Brasil.
Mapa da Pacitlântico na Colômbia.
Por volta do final dos
anos 1830, a Colômbia planejava uma ferrovia de Tumaco no oceano Pacífico até o
rio Putumayo e futuramente com o Brasil. Em 1841, os colombianos se reuniram
com os brasileiros no Rio de Janeiro e apresentaram o projeto de ligar Tumaco
ao Rio de Janeiro, os brasileiros se interessaram pelo projeto e escolheram em
colocar o nome da ferrovia de Pacitlântico com o objetivo de ligar o Pacífico e
o Atlântico. Atravessar a Amazônia seria um grande desafio, então planejaram
uma rota hidroviária para ligar o Brasil e a Colômbia pelos rios Araguaia,
Amazonas, Negro, Solimões, Putumayo e Uaupés.
Em janeiro de 1849 foi
criada a Estrada de Ferro Pacitlântico, e a primeira linha a ser construída foi
do Rio de Janeiro a Lavras as margens do rio Grande em Minas Gerais que foi
concluída em 1855. Na Colômbia foi construída a linha de Tumaco a Puerto Asís
nas margens do rio Putumayo de 1869 a 1876.
No Brasil foram concluídas
as hidrovias nos rios Tocantins e Araguaia em 1843 e no rio Madeira em 1846 o
que possibilitou os planos de construir a Pacitlântico. Em 1859 iniciou-se a
construção de Lavras a Forte Guaporé no Mato Grosso no sentido leste oeste, e
de Porto Araguaia (atual Aruanã) na província de Goiás. Quando a ferrovia
chegou em Itapirapuã a construção dividiu-se em dois rumos, um sentido a Minas
Gerais e outro para Mato Grosso, e também escolheram Barra do Garças como outro
ponto de construção da ferrovia sentido oeste.
Em 1864 a ligação entre
Minas e Goiás foi concluída quando chegou no município de Catalã. Outro ponto
das obras foi em Barra do Garças que foi divido no sentido leste e oeste. Em
outubro de 1866, a ligação entre Goiás e Mato Grosso foi concluída, e no mesmo
ano foi inaugurada essa grande ligação do litoral do Rio de Janeiro as
hidrovias dos rios Araguaia, Teles Pires e Guaporé. Em 1866 foram abertas as
obras da linha de Formiga a Congonhas do Campo (atual Congonhas) em Minas
Gerais sendo concluída em 1870.
Em 1872 a companhia
iniciou a construção de Goiás (município) a Taguatinga (hoje no Distrito
Federal), sendo finalizada em 1876. Foi construída também a linha de Valença na
província do Rio de Janeiro em 1875.
Com os investimentos dos
fazendeiros da província de Goiás, em 1879, iniciou-se a construção da linha de
Goiânia a Itumbiara, tendo sua conclusão em 1884. Em 1891 iniciou-se a
construção da linha de Patrocínio a Araguari no Triângulo, sendo concluída em
1894.
Em 1907, iniciou-se a
construção da linha de Comodoro no Mato Grosso (hoje no Novo Paraguai) a Santo
Antônio da Madeira (atual Porto Velho. Nessa época o engenheiro militar e
sertanista Cândido Mariano da Silva Rondon construiu a linha de telégrafo junto
com a ferrovia para se conectar com Peru e Bolívia.
Em 1915 as obras da linha
de Comodoro a Porto Velho foram concluídas e se conectando com a ferrovia Trans
Amazônica. Em 1921 iniciaram a construção da linha de Porto Velho a Lábrea no
sentido norte sul tendo sua conclusão em 1924. Os planos de construir a
ferrovia para a Colômbia continuavam em estudos, mas não tinham a previsão de
quando seria executado. Somente em 1950 o Brasil e a Colômbia iniciaram as
obras da conexão entre os dois países. No Brasil construíram de Lábrea no
estado do Purus a Benjamin Constant capital do Solimões, e na Colômbia de
Puerto Asís a Letícia no sentido leste oeste. Em 1955 a ferrovia foi concluída
e inaugurada pelos presidentes Juscelino Kubitschek do Brasil e Gustavo Rojas
Pinilla da Colômbia ligando o Atlântico ao Pacífico com a mesma bitola, de
1,600 mm.
Em 1980, o governo
colombiano iniciou a construção da linha de Tarapacá a Mitú para se conectar
com a Amazônia Norte com a bitola de 1,435 mm, e a concluiu em 1984. Em 1983,
foram abertas as obras da linha de Pimenta Bueno a Costa Marques em Rondônia,
passando em Rolim de Moura (RO), sendo concluída em 1988, permitindo uma nova
ligação com o Peru pelo norte da Bolívia, sendo a linha de Costa Marques a
Puerto Maldonado no Peru com bitola mista de 1,000 mm e 1,435 mm.
Locomotiva
GE ES44AC a diesel da Pacitlântico, Rio de Janeiro, 2018.
Atualmente a empresa tem
seu papel importante no crescimento do Brasil e da Colômbia.
Pix:
033 064 281 24. Jonas Alexandre Xerém da Silva.