Em janeiro de 2004, eu ainda estava morando ali, tive bons momentos, e
ruins também, o Otaviano começou a agir com ignorância comigo, não sabia falar
direito comigo e ficava bravo quando não fazia as coisas direito. Nesses anos
em que morei em fazendas, aprendi uma coisa, cavalos xucros levam dias para
ficarem mansos, já os seres humanos xucros levam anos.
No final de janeiro, eu e minha mãe saímos da fazenda, por que ali não
tinha escola por perto, então fui morar na casa dos meus tios Geraldo e Suzana
no bairro Moreninha 1, já minha mãe conseguiu um emprego de doméstica e teve
que morar em um quarto na casa de seus patrões. Fui matriculado na Escola
Estadual Professora Izaura Higa na sala sétima série A, ainda bem que aqui eu
não transferido na outra turma, como aconteceu na Escola Antônio Valadares em
2002 que foi um dia CRUEL. Fiz novas amizades, os nomes que me lembro são:
Lincoln, Aline, James, Marcelo, Jesus, Josias, André, Adrielle e minha colega
de sobrenome Monte Negro, e minhas professoras: Ecleonice de português, Maria
de matemática e Marisa de geografia. Na casa dos meus tios moravam eu, meu
primo Thiago e sua mãe Andréa, minha prima Larissa e sua mãe Adriana, minha
prima Fabiana e minha prima Inácia, todos na mesma casa. No final do mês, minha
mãe vinha me visitar e me dava dinheiro, e quando completei quinze anos, ganhei
um tênis da minha mãe e um relógio do tio Geraldo, mas não lembro o que ganhei
dos outros.
Na escola, eu aprendia as matérias, fazia educação física, brincava e
conversava na hora do recreio, e olhava para as lindinhas. Lembro que eu e meus
primos, Thiago, Fabiana, Larissa e Erick jogamos pela primeira vez o jogo do
Resident Evil 3 em espanhol, era de noite e conseguimos passar algumas fases do
jogo. Eu, Thiago, Larissa, Fabiana, Nathan, Renan, Renara, Rafael jogávamos
bola, bete ombro, e esconde-esconde. Um dia, quando eu e o Thiago estávamos
jogando bola na garagem de casa, sem querer acertamos a copa da lâmpada e quebrou
no chão, mas terrível foi quando também estávamos jogando bola atrás da casa,
quando eu chutei a bola, acertei o registro do botijão de gás, saímos correndo,
vazou tudo, todos da casa ficaram assustados, e meus tios bravos comigo e com o
Thiago. Lembro que quando eu e meus primos, assistimos o filme Dinotopia no
canal do SBT onde dois jovens descobrem um mundo onde pessoas e dinossauros
vivem juntos, pela segunda vez eu assistir, foi então que eu tive a ideia de
criar um país imaginário, e coloquei o nome de Dinopólia, comecei a criar o
mapa, as cidades e o idioma. No meu livro de geografia, conheci todos os
países, decorei seus nomes, capitais e bandeiras, e tive facilidade nessa
matéria. Quando eu disse isso aos meus colegas, eles me perguntavam, eu respondia
e eles confirmavam e ficavam impressionados. Também tive facilidade em
história. Aos domingos, eu e meus primos íamos na missa da igreja Nossa Senhora
das Graças no bairro Moreninha 2.
Eu me perguntava no pensamento
porque padres e freiras não podiam casar, porque a missa era mesma coisa todas
as quartas e domingos, porque os evangélicos eram diferentes dos católicos e
porque eu que era católico não podia ir em outra igreja. Eram perguntas sem
respostas, e não tinha ninguém para me explicar e ensinar essas coisas. No mês
de julho, conheci meus tios João Carlos e Maria e meus primos Emílio Júnior,
Talita e Jenifer, eles tinham vindo passar as férias em casa, foi muito legal.
Em 13 de agosto, eu assistir a abertura dos jogos olímpicos de Atenas capital
da Grécia, fiquei impressionado e achei legal quando vi as delegações com suas
bandeiras. Na escola, fizemos as bandeiras dos países participantes das
olimpíadas e das modalidades. No final dos jogos, assistir a cerimônia de
encerramento. Lembro que eu fazia
história em quadrinhos, os nomes que eu tinha inventado era Texas Bang, Ferrari
Blindada e O Safári na África do Sul. Meus primos achavam engraçado. Lembro
quando eu subir no andar da casa, fiquei olhando a vista da cidade na janela do
quartinho, foi quando eu avistei o bairro Indubrasil onde eu morei perto ali, e
foi então que percebi que naquela direção fica a fábrica Zamam, a Fazenda
Jaraguá, Terenos e o Distrito do Cachoeirão. Comecei a lembrar dos bons
momentos que tive nesses lugares, e várias vezes eu ficava ali olhando na
janela. Nos dias vagos, eu e o Thiago jogávamos no seu Play Station o Resident
Evil 3, Twister Metal 4, futebol, e Scooby Doo. Lembro de quando tinha almoço
nos reuníamos em família na casa do tio André, ele era muito sistemático,
gostava de escutar Polca paraguaia e tomar mate. Eu e meus primos brincávamos
de futebol e castelo de areia no campo de areia. O tempo foi passando, no final
das aulas, passei de ano, passei o natal e ano novo em família na casa do tio
André. Nem todos tiveram um bom natal e ano novo, lembro quando vi na televisão
o Tsunami que atingiu Tailândia, Indonésia, índia e Sri Lanka. Foi terrível.
2005
Em janeiro de 2005, passei as férias com minha mãe no serviço dela, seus
patrões haviam viajado, ali eu desenhava e tomava banho na piscina. Lembro que
eu comecei a assistir mini série Mad Maria no canal da Globo, eu gostava muito.
Em fevereiro começaram as aulas, estudei na escola Izaura Higa até a metade de
do mês de março, me despedi dos meus colegas, professores, dos meus tios e
primos, porque eu e minha mãe nos mudamos para uma casa alugada no bairro Santa
Fé, perto do serviço dela. Comecei a estudar na Escola Municipal Professora
Danda Nunes do lado da Avenida Mato Grosso, estudei na oitava série na parte da
noite, ali fiz novas amizades, os nomes que me lembro são: Aline,
Seychilistane, Paulo, Vital, Renan e Sandro. Lembro que quando estava na sala
de aula, a professora de Geografia perguntou a classe o que significa U.R.S.S,
eu como sabia respondi: União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. A
professora confirmou a resposta e meus colegas ficaram impressionados. No
recreio, eu conversava com meus colegas. Certo dia, descobri que tinha uma
biblioteca na escola, então na hora do recreio comecei a ficar lá, eu olhava
livros de história, geografia, atlas e enciclopédias, foi ali que minha
sabedoria começou a crescer mais e mais, aprendi a fazer mapas e desenhos dos
livros que eu olhava, e toda vez na hora do recreio eu ia na biblioteca. Lembro
que quando cheguei da escola, assistir pela primeira vez o filme do Resident
Evil o Hóspede Maldito no canal da Globo e quando assistir o último capítulo de
Mad Maria. Lembro quando minha mãe namorou um rapaz moreno, ele era evangélico,
mas fanático. Um certo dia, ele me levou para ir na igreja dele a Universal,
tinha poucas pessoas ali, quando começaram a orar muito alto e gritando, achei
aquilo espantoso e eu não quis ir mais ali.
Comecei a trabalhar de servente com ele em uma construção de casas,
trabalhei pouco tem ali. Esse rapaz além de fanático, agia com ignorância
comigo, mas nunca encostou a mão em mim, não estava mais aguentando, contei
para minha mãe, ela não gostou e terminou o namoro com ele. Graças a deus,
poderia ser mais um xucro na minha vida e da minha mãe. Lembro que eu gostava
de assistir a novela Rebelde no canal do SBT e América na Globo. Me lembro
quando assistia as notícias no Jornal Nacional, e uma delas foi o do Mensalão e
dólares na cueca.
Com o passar do tempo, chegaram o final das aulas, passei de ano, eu e
minha passamos o natal e ano novo em casa.
2006
Em 2006, eu e minha mãe ainda estávamos morando no bairro Santa Fé,
minha já estava trabalhando em outra casa no bairro Jardim Autonomista, lá eu
comecei a trabalhar de limpar o quintal da casa duas ou três vezes por semana,
os patrões da minha mãe eram Luciene e Mathias e suas filhas Vitória e Káren.
Comecei a estudar na Escola Estadual Maria Eliza Bocayuva Corrêa da Costa no
bairro Vila Margarida, ali entrei no primeiro ano do ensino médio na parte da
noite, e fiz novas amizades, Marialva, Jodair, José, Tamires, Vital, que
estudou na Escola Danda Nunes, Tatiane, Evanderson, Camila Salin, Ederaldo
Juquinha, Endrius, Jéssica Laurentin, Fernando, Fabiano, Rosemeire, Ordex e
outros. Lembro quando assistir no Jornal Nacional e vi o primeiro brasileiro
indo ao espaço, Marcos César Pontes, 29 de março no cosmódromo de Baykonur,
Cazaquistão. Em junho, havia começado a copa da Alemanha, a primeira partida
que assistir foi Brasil e Croácia, minha mãe estava namorando com um rapaz
moreno chamado Ederaldo, e alguns dias depois, nos mudamos com ele para uma
casa alugada no bairro Jardim Campo Verde limite com o bairro Nova Lima, a dona
da casa dona Fátima, nós moramos na casa da frente e a de cima a casa da dona
Fátima. Em 2006 eu tirei o meu CPF.
Na escola, eu aprendia novas
matérias, conversava com meus colegas na hora do recreio e as vezes eu ia na
biblioteca. Lembro que duas jovens da escola discutiram e brigaram com causa de
um rapaz na hora do recreio. Lembro que eu gostava de uma jovem da escola
chamada Rozana, muito bonita, mas eu acabei desistindo de conquistá-la.
Resumindo 2006, passei de ano, eu e minha mãe passamos o natal e ano novo com a
família na casa do tio André.
2007
Em 2007 comecei a estudar no segundo do ensino
médio na mesma escola e a noite. Lembro que em um certo dia eu mostrei meus
desenhos para minha professora de artes, ela ficou impressionada, então ela
levou meus desenhos para o NAAHS (Núcleo de Atividades Auto Habilidades Super
Dotação, as psicólogas Laura e Bethe conversaram comigo, fizeram algumas
perguntas, eu tímido e quieto, falei um pouco da minha história. Elas me
pediram para mim fazer um desenho qualquer, eu não sei o que aconteceu, mas não
consegui fazer desenho nenhum. Depois de terem feito essa análise em mim, Laura
e Bethe chamaram minha mãe, conversaram com ela e disseram que eu tenho
Síndrome de Asperger, (S.A), também conhecida por
Transtorno de Asperger ou simplesmente Asperger é uma condição psiquiátrica do
espectro autista caracterizada por dificuldades significativas na
interação social e comunicação não verbal, além de padrões de comportamentos
repetitivos e interesses restritos. Difere de outros transtornos do espectro
autista pelo desenvolvimento típico da linguagem e cognição.
Disseram que eu tinha direito ao passe livre, fui na
ASSETUR e fiz.
Comecei a frequentar o NAAHS, lá fiz novas amizades e
participava das oficinas. Houve um tempo em que eu comecei a pensar na Camila,
minha amiga que eu conheci em Terenos, comecei a lembrar dos momentos que tive
lá, eu tinha saudades, e a Camila não saía da minha mente, eu ainda gostava
dela, mas não sabia o que fazer, quase todos os dias eu pensava nela. De manhã
e a tarde eu ficava em casa fazendo os deveres da escola e fazia meus desenhos
e mapas. Lembro que fazia pesquisas no Google no computador dos meus tios
Geraldo e Suzana, lembro que pesquisei sobre as ferrovias do Brasil, fiquei
impressionado e feliz com o projeto de novas ferrovias. Em certo dia, eu passei
o final de semana na casa dos tios Geraldo e Suzana, a noite eu fui dormir.
Horas depois eu acordei, vi a luz acesa e vi que eu estava dentro do banheiro
térreo, me perguntei como e o que eu estava fazendo ali. Subir para o andar de
cima e meus tios e primos estavam perto do computador caído no chão e disseram
que eu que derrubei, falei que não fui eu e disse que eu acordei no banheiro,
então perceberam que eu estava sonâmbulo, fiquei espantado, depois fomos
dormir. Eu e meus primos brincávamos de esconde-esconde e pega-pega. Lembro
quando minha prima Inácia que morava com meus tios Geraldo e Suzana ficou com
câncer, ela sentia dores no corpo quando ia deitar na cama, ela fez o
tratamento, mas alguns meses depois ela morreu, foi muito triste. Lembro quando
em 2007 eu conheci meus tios Célia e Zezinho, Vinícios, Luciano, Francisco o
Chicão, Hevlini e Toninho. Tive bons momentos na escola, mas o ruim é que
alguns colegas meus matavam aula e me chamavam para ir junto, mas eu não ia
para não me prejudicar no final do ano. Passei de ano. Em dezembro, viajei com
meu tio Geraldo e meus primos Thiago, Larissa e Bianca, fomos para Mangaratiba
no estado do Rio de Janeiro, fomos de carro e saímos de madrugada pela rodovia,
fiquei impressionado quando passamos na represa de Jupiá, passamos pelo estado
de São Paulo, belas paisagens, plantações, trens e cidades. Passamos por dentro
da cidade de São Paulo, vi e sentir o mal cheiro do rio Tietê. Pousamos em um
hotel em Aparecida. Na manhã seguinte acordamos, eu vi passando o trem da MRS
em frente do hotel, depois seguindo viagem, entramos no estado do Rio de
Janeiro e fiquei impressionado com os contornos da BR-116 pelas serras. Horas
depois chegamos em Mangaratiba, conheci meus tios Chiquinho, Marlene e meus
primos Yuri e Yumi, depois conheci meus outros tios Getúlio Andreia Aguiar,
Conheci Mangaratiba, andei na praça e tomei banho no mar pela primeira vez e
sentir a forte salinidade da água. Passamos o natal e ano novo por lá.
2008
Já no ano de 2008, eu estava esperando minha
vó Genilce aparecer na casa dos meus tios Chiquinho e Marlene para me conhecer,
mas ela não apareceu, então escrevi uma carta para ela. Ficamos mais uma semana
no município e depois voltamos para casa.
Em fevereiro
comecei a estudar no terceiro ano também a noite, novos alunos chegaram na
escola, e continuei frequentando o NAAHS, eu fazia pesquisas no Google e
descobri várias coisas. Lembro dos professores da escola, o Edgar de história,
Tânia Maria de geografia, Cristiane de inglês, Lucélia de português, Reni de
literatura e Transval. O NAAHS havia me encaminhado para o AMA (Associação de
Pais e Amigos do Autista), lá eu fazia terapia com psicóloga Cláudia, me fazia
perguntas, mas eu falava pouco porque eu era muito quieto e tímido como era
antes. Com o tempo fui me acostumando, participando das terapias, atividades e
comia na hora do lanche. Era na parte da manhã.
Ás vezes eu não me sentia bem e acomodo junto com os
outros pacientes. Lembro que eu assistir a abertura e os jogos olímpicos de
Pequim capital da China, foi a segunda abertura mais linda que eu já vi. Em
casa eu fazia o dever da escola, meus mapas e desenhos, na maioria dos finais
de semanas eu ficava em casa com minha mãe, eu não tinha emprego e minha mãe
ganhava pouco, mas éramos felizes. Ás vezes eu sentia saudades dos momentos e
amigos que tive em Terenos, e a Camila não saía da minha mente e eu ainda
gostava dela. Várias vezes na escola e nas outras que estudei sempre me
perguntavam se eu já namorei e transei, eu dizia não. Eu poderia mentir, mas,
que sentido faria isso. No final das aulas passei de ano, eu e meus colegas da
escola comemoramos nossos formandos, depois disso eu não vi a maioria deles,
era meu último dia de aluno, e a escola Maria Eliza foi a última e a primeira
escola que estudei mais tempo. Se foram os bons tempos, os colegas, as
bagunças, atividades, competições e outros. Em dezembro, meus tios João Carlos e Maria, e meus primos Jenifer e Júnior vieram passar o natal e ano novo, passamos
o ano novo em família na casa do tio André. Foi nesse ano que conheci a Igreja Adventista do Sétimo Dia através dos meus tios João Carlos e Maria.
2009
Em 2009, eu já com o ensino médio completo, não tinha como
ir para uma faculdade, eu ficava em casa, olhando meus livros e fazendo meus
mapas, desenhos e frequentando. Certo dia, o NAAHS, me encaminhou para o AMA
(Associação de Pais e Amigos do Autista), lá eu fazia terapia com psicóloga
Cláudia, me fazia perguntas, mas eu falava pouco porque eu era muito quieto e
tímido como era antes. Com o tempo fui me acostumando, participando das
terapias, atividades e comia na hora do lanche. Era na parte da manhã. Ás vezes
eu não me sentia bem e acomodo junto com os outros pacientes. Lembro que as
psicólogas do AMA fizeram uma festa surpresa para mim, foi a primeira festa de
aniversário que eu tive, com bolo, refrigerantes e salgadinhos, e fiquei feliz.
Meus tios Geraldo e Suzana também compraram um de bolo de aniversário para mim,
cantaram parabéns, foi na casa deles, estavam o Thiago, Larissa, Fabiana e
outros. E para ficar melhor ainda, no domingo, meu primo Thiago me ajudou a
assar carne para comemorar ainda mais meu aniversário, estavam o Renan, Renara,
Gabriel, Jhonatan, Larissa, Bárbara, Mariana e outros. Foi um dia incrível.
Um certo dia na casa dos meus tios Geraldos e Suzana, eu,
meus primos e amigos estávamos brincando e dançando a música do High School
Musical, alguém tinha batido no portão, meu primo Thiago atendeu, então um
rapaz perguntou se eu estava porque meu pai estava ali, então o Thiago me
chamou e eu fui lá, para minha surpresa era meu pai Márcio e meus tios Geraldo
Ortiz e Fernando, não chorei, mas fiquei feliz em vê-los, nos abraçamos,
conversamos e depois marcamos o dia para nos encontrarmos lá na casa da minha
avó Josefa, me deram o endereço e o telefone. Quando fui em casa, contei para
minha mãe, ela ficou surpresa e feliz.
No dia 19 de abril, fomos com o tio Fernando no carro
dele, chegando lá, vi que o bairro Panorama havia mudado muito, revi minha avó
Josefa, meus tios Jorge, Vítor, Nelson, Júlia e Hilda, Neide, minha prima
Juliety, conheci minhas tias Cristina e Nelma e meus primos Júnior, Stanley,
Brenda, Arthur, Jessé e Nícolas. Eu tinha perguntado do avô Maurício, mas
disseram que ele tinha falecido em 2000, eu e minha mãe ficamos tristes, mas
ficamos felizes por eles todos ali. Depois, fui na casa do tio Fernando,
conheci minha tia Ivone sua esposa e meus primos Michel e Fran. Vários finais
de semana eu e minha mãe íamos no almoço na casa da minha avó Josefa e família,
colocavam música de Flash Back.
Um certo dia, meu pai apareceu lá, ele estava casado e
morava em Nioaque, conheci sua esposa Joana e seus filhos Daniel, Natanael e
Sara meus irmãos por parte do meu pai.
Nesse ano, eu
ajudei na reforma da casa do tio Geraldo, então dormia ali e ia nos dias de
frequências no NAAHS e AMA. Eu, Luciano e Bernardo trabalhamos na reforma,
trocamos pisos, pintura, construímos mais duas peças no andar de cima e outros.
Nos finais de semana almoçávamos e jogávamos vídeo game como Resident Evil 4,
Grand Theft Auto San Andreas, Obscure, corrida e futebol. Era eu Thiago,
Larissa, Fabiana e seu namorado Anísio e outros, era muito legal. Lembro que no
dia 29 de agosto Michael Jackson tinha falecido, o melhor cantor pop do mundo.
As vezes em casa, ainda sentia saudades dos bons momentos nas escolas que
estudei, principalmente em Terenos, e como de sempre, ainda com a Camila no
pensamento e ainda gostando dela mesmo depois de tanto tempo. Eu e minha
passamos o natal na casa do tio Geraldo e Suzana e família, e o ano novo na
casa da avó Josefa e família, e conheci meu tio Davi.
2010
Em 2010 eu deixei de frequentar o AMA, não era o lugar
certo para mim fazer o tratamento, o nível de deficiência dos outros pacientes
era mais autos do que o meu, e ali não estava dando certo, é o que eu sei. Em
junho começou a Copa da África do Sul, meu tio Geraldo comprou uma chácara em
Rochedo, a Chácara Jesus o Bom Pastor. Quando fomos para lá, passamos pelo
Aguão, em frente a escola que eu estudei e na Fazenda Serrilha. Lá na chácara
assistimos a partida entre Brasil e Coreia do Norte, e o Brasil ganhou de dois a
um. Durante o mês de julho eu trabalhei na chácara do tio Geraldo para
ajudá-lo. Em um certo domingo, fui passear na casa da minha avó Josefa, e a
tarde fui na casa dos meus tios Fernando e Ivone. Perguntei a minha tia Ivone
se ela tinha uma bíblia e o livro de Revelação (Apocalipse), então ela me deu
os dois, e pela primeira vez tive uma bíblia. Eles eram testemunhas de Jeová.
Lembro quando eu estava no NAAHS, e pesquisei sobre o asfaltamento da estrada
no Polo Jamic em Terenos, e vi o nome da professora Cecília, que conheci no
distrito do Cachoeirão.
A Bethe me ajudou a achar ela, então conversei com ela por
telefone sobre os tempos lá na escola Albuquerque, perguntei da Camila, e ela
disse que ela estava bem. Naquele ano, eu deixei de frequentar o NAAHS, eu já
tinha vinte e um anos, e a idade mínima era de dezessete.
Eu me sentia sem importância, sem dinheiro, sem poder
fazer faculdade, sem formação, etc. Eu com tanta sabedoria, mas que não era o
suficiente. Em casa a mesma rotina, fazia meus mapas, desenhos, olhava meus
livros, sentindo saudades dos momentos e ainda pensando e gostando da Camila.
Meus Deus, que vida. Ás vezes eu brincava com os netos da dona Fátima, Kelvin,
Lauander, Larissa e Kevilin. Lembro que eu gostava de assistir a novela A na Raio
e Zé Trovão no canal do SBT. Passei o natal e ano novo com a família na casa da
minha avó Josefa, e conheci a Joana esposa do meu pai e seus filhos Daniel,
Natanael e Sara.
2011
Em janeiro de 2011, minha mãe conheceu uma senhora no
Posto de saúde do bairro Nova Lima, seu nome Rubelina. Elas estavam
conversando, a Rubelina disse que ela e seu esposo são adventistas, e perguntou
se minha mãe e eu queríamos receber o estudo bíblico, minha mãe não aceitou,
mas gostou da Rubelina e seu esposo Ramão e convidaram eles para irem em nossa
casa. Então eu conheci eles, conversamos e eles me perguntaram se eu queria o
estudo bíblico e eu aceirei, porque eu nunca tive esse tipo de estudo, e
comecei a estudar. Em fevereiro, o senhor Ramão perguntou se eu sabia trabalhar
de alguma coisa, eu disse que não, perguntou se eu sabia trabalhar de servente,
eu disse que sim. Então conversou com amigo dele que era encarregado de obra se
tinha mais uma vaga, disse que sim, e então eu comecei a trabalhar na ampliação
do Hospital Adventista do Pênfigo no centro de Campo Grande, os rapazes eram
gentis e não ignorantes, eu fazia massa, concreto, carregava tijolo e carregava
entulho. Eu ganhava trezentos e cinquenta por quinzena, meu primeiro salário
digno que tive na vida.
As Vezes quando dava tempo, eu ficava vendo os alunos da
Escola do SESC fazendo natação, e as moças lindinhas. Eu acordava cedo em casa,
preparava a marmita e ia e voltava no ônibus lotado da linha 081. Eu fiquei
impressionado quando fazia o estudo bíblico, a criação da Terra, a segunda
vinda de Jesus, sinais dos últimos dias, o milênio, o plano da salvação, a
verdade da morte, dízimos e ofertas, a lei e outros, coisas que eu que dizia
ser cristão e acreditava em um só Deus e eu não sabia, nunca ouvir falar dessas
coisas, ninguém me ensinou e eu não tive interesse antes. Mas uma coisa é
certa, eu sempre busquei sabedoria, e quando aceitei o estudo bíblico, me
tornei mais sábio. Um certo dia, eu estava meio com tosse, não fui ao serviço
fiquei em casa, era sexta. Quando eu estava assistindo o Jornal Hoje no canal
da Globo, vi o terremoto e o enorme Tsunami que atingiram o Japão, fiquei
espantado quando vi aquilo. Meu pai, a Joana e seus filhos tinham se mudado
para Campo Grande. Eles moraram em uma casa de madeira no bairro Parque do Sol,
algumas vezes eu visitava eles e dava dinheiro para ajuda-los. Certo dia, o
senhor Ramão me convidou para ir na igreja no bairro Nova Lima, conheci as
pessoas de lá, pessoas respeitosas e humildes. Conheci os pais do senhor Ramão
e também o senhor Romualdo e sua esposa Luciene.
Em abril, aconteceu
uma coisa triste, meu tio André havia falecido. Fui na casa dos meus tios
Geraldo e Suzana, e conheci minha tia Orcídia que tinha vindo do Reino Unido
depois de anos. Fomos no velório, não foi um dia fácil para a família. No mesmo
mês, minha tia Ivone esposa do meu tio Fernando havia falecida, não conseguir
ir no seu velório, foi um dia triste também. Trabalhei até o mês de junho no
Hospital Adventista, depois fui trabalhar na reforma da Igreja Adventista no
bairro Cerejeiras, alguns dos rapazes trabalharam no hospital também
trabalharam nessa igreja, Juarez encarregado da obra, Valdemir, Douglas, Marcos
e Iran. Trabalhamos um mês ali. Certo dia, não me lembro direito, A Bethe lá do
NAAHS havia ligado para mim, ela conversou com minha mãe e disse que eu poderia
frequentar o CRAS do bairro Vida Nova. Gostei de lá. Comecei a pesquisar na
internet.
No mês de julho, criei um projeto chama Plano Limite, os
objetivos eram: limite urbano, integração por rodovias e ferrovias, meio
ambiente, ecodutos, novos estados e modernização na zona rural. Eu apresentei o
projeto para a dona Rose, diretora do CRAS, não me lembro direito, mas não deu
certo. Quando eu estava desempregado, minha mãe ficava falando que eu tinha que
trabalhar. Lembro quando minha mãe conheceu um rapaz chamado Adriano e começou
namorar com ele, era educado e legal. Certo dia, ela ficou falando, enchendo
minha paciência e metendo bronca, comecei a falar um monte de coisa para ela,
quebrei um prato na parede em frente de casa, ela disse que ia chamar a polícia
e chamou. Entrei nome meu quarto, peguei a bíblia e meu passe de ônibus e
fiquei segurando sentado no chão. A polícia chegou, entrou em casa, entrou no
meu quarto e disse para eu levantar e não levantei, ele viu que eu estava
segurando meu passe, pegou e olhou, os dois policiais disseram a minha mãe que
não podiam me levar por eu ser portador de deficiência, ou seja, minha
síndrome, e disseram que eu devia ser tratado, e foram embora. Antes disso
acontecer, minha mãe as vezes agia com ignorância comigo, alguns tios e primos
também.
No mês de agosto, eu fui batizado na igreja pelo pastor
Beí Aleluia, minha mãe não compareceu, mas não entristeci, então eu passei a
ser um adventista do sétimo dia. Lembro que em 2011, eu tive a ideia de criar
canais de irrigação em todos os países onde há clima seco, árido e semi-árido,
fiz os mapas dos países selecionados. Certo dia, o senhor Ramão me indicou o
escritório do PSDB, conversei com o Ari Sandim sobre o meu projeto Plano
Limite, resumindo isso, não adiantou nada, eu liguei várias e só dava
enrolação. No mês de setembro, fui na casa dos meus tios Geraldo e Suzana,
perguntei se tinha como eu trabalhar lá na chácara, disseram que sim, eu falei
que eu me tornei adventista, eles meio que não gostaram, e então comecei a
trabalhar lá e pela primeira vez de carteira assinada e com salário mínimo.
Em outubro, fiz a prova do ENEM e aguardei o resultado até
o ano seguinte. Meu tio Geraldo disse que ele, tia Suzana e outros iam viajar
para Mangaratiba no Rio de Janeiro, perguntei se eu podia ir, ele disse que não
e perguntou quem iria tomar conta da chácara, fiquei triste, e então tomei
conta da chácara enquanto eles viajaram. Passei o natal em casa com a minha mãe
e ano novo na casa da minha avó Josefa e família, conheci revi meus tios Leila
e Osmar.
2012
Em 2012, trabalhei até em janeiro na chácara devido a um
desentendimento com meus tios. Vi minhas notas do ENEM mas não passei. Eu,
minha mãe nos mudamos para uma casa alugada no bairro Monte Castelo. No mesmo
mês, comecei a congregar na igreja adventista do Monte Castelo, ali conheci
novas pessoas e fiz amizades, nossos vizinhos do lado de casa eram o Juliano e
sua esposa Kelly. Em fevereiro eu comecei a fazer o curso de informática na
Webcenter do Moacir. Eu e ele nos tornamos amigos. Lembro que quando eu ia para
o curso, tinha um senhor morador de rua, ele ficava na frente de uma antiga
igreja evangélica, eu dava dinheiro para ele quando eu podia, ele ficava feliz
e agradecia.
Em março, eu e minha mãe fomos no CAPS 2 (Centro de
Atendimento Psicológico) da Vila Margarida, fiz uma avaliação coma psicóloga
Márcia, e comecei a fazer o tratamento psicológico ali, e depois comecei a
tomar os remédios Depakene, Imipra e Risperidona. Em abril, meu pai se
aposentou e conseguiu sua casa própria para ele, a Joana e as crianças, fiquei
muito feliz. Várias vezes eu ia no grupo dos jovens da igreja, estudávamos a
Bíblia e conversávamos. Eu ainda frequentava o CRAS do Vida Nova, lá eu fazia
pesquisas e salvava várias imagens de paisagens, carros, objetos, etc. Certo
sábado quando eu fui almoçar na casa dos senhores Romualdo e Luciene, estávamos
conversando, o senhor Romualdo me perguntou se eu trabalhava, eu disse que não,
e falei que tinha o ensino médio completo. Ele muito sábio e observador,
perguntou se eu tinha algum problema crônica, foi mais ou menos isso que ele me
perguntou, então eu disse a ele que eu tenho Síndrome de Aspeger, e foi então
que ele me disse que eu podia me aposentar e receber benefício. Eu não sabia,
mas que engraçado, digo eu, descobri minha síndrome em 2007 e somente em 2012 é
que eu fiquei sabendo que eu podia me aposentar, e eu me perguntava porque
quando eu estava no NAAHS e no AMA não me disseram isso. Meus Deus, quanto
atraso. Então, certo dia, o senhor Romualdo foi em minha casa e conversou com a
minha mãe e nos indicou a advogada Rosana.
Fomos em sua advocacia, e ela e minha mãe conversaram,
fomos lá várias vezes. E um certo dia, a assistente social foi em casa e deu
tudo certo. Quando fui na perícia pela primeira vez na Previdência Social, mas
não fui aprovado, mas não perdi a esperança. No dia quatro de junho, fui com
meus amigos César e Vanderlei para Dourados, pela primeira fui nessa parte sul
do estado. César trabalhava em lances de remédios e eu ajudei ele naquele dia.
No dia 11 fui novamente com eles em Dourados. Algumas
vezes eu ia visitar meu pai. No dia 28 liguei para minha tia Célia e fiquei
sabendo do falecimento do seu esposo, meu tio Zezinho depois de uma semana.
Fiquei triste. A tarde fui visitar ela em sua casa. Várias vezes em casa eu
ficava triste, e as vezes alegre. Em junho, comecei a ligar para dona Cecília
mãe da Camila, conversava sobre os tempos de escola no Cachoeirão e o quanto eu
admirava a Camila. Quando eu ia no CAPS 2 conversar com a psicóloga Katiane, e
conversava pouco, e as vezes nada. Eu falava o quanto eu gostava da Camila e o
sofrimento que eu passava. No dia 27 de julho, eu assistir a abertura dos jogos
olímpicos de Londres, e depois algumas competições. No dia 30, eu fui com meu
amigo César pela primeira vez em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero no Paraguai.
Em casa eu lia a Bíblia, estudava a lição da escola sabatina e lia outros
livros. No dia 4 de agosto quando eu fui no CRAS do Vida Nova, eu estava usando
meu Facebook, eu tinha conseguido achar a Camila, então eu mandei a solicitação
para ela. Eu fiquei feliz. No CAPS 2, eu me consultava com o doutor José
Alaíde. Em casa, eu passava pano no chão e lavava as minhas roupas. Em agosto,
eu comecei a me sentir rejeitado por algumas pessoas da igreja do Monte Castelo
e também por algumas pessoas da família por motivo de eu ser diferente,
estranho, sem dinheiro e adventista, e muitas vezes eu ficava triste em casa,
chorava muito, e ainda pensando na Camila. No CAPS 2, eu quase não conversava
com a psicóloga Katiane.
No 3 de setembro, a Camila me adicionou no Facebook dela e
eu vi suas fotos, ela tinha mudado muito, fiquei feliz, mas quando cheguei em
casa fiquei triste. Conversávamos no Facebook, ela disse que estava na Espanha.
Certo dia, eu disse a ela que eu estava apaixonado por ela, e que eu ainda
gostava dela desde quando eu me apaixonei por ela em 2002, ela não aceitou e
disse que poderíamos ser apenas amigos, e eu concordei. Eu até tinha salvado
algumas fotos dela em uma pasta, e em casa eu ficava olhando. Lembro que eu e
minha mãe íamos na casa da dona Antônia, mas todos chamavam ela vó Antônia, e
conversávamos com ela, sua filha Lourdes e seus amigos. No dia 10 de setembro,
a Camila me enviou uma mensagem no Hotmail dizendo que estava comprometida e
não queria ter mais contato comigo. Tentei falar com ela e pedir desculpas, mas
não adiantou, fiquei mais triste ainda, rejeitado pelos amigos, família e pela
Camila. Lembro que eu estava em casa e assistindo o filme ABC do amor. Ás vezes
eu conseguia conversar com a psicóloga Katiane e falava das minhas tristezas e
de meus planos.
No dia 24 de outubro me consultei com o doutor Sérgio. As
vezes em casa eu assistia Jiraiya, Túnel do Tempo e Caverna do Dragão na Rede
Brasil. Foi em 2012 que eu tive a ideia de criar um sistema de irrigação para
os canais que eu criei nos outros países. Certo dia quando eu fui passear na
casa da minha prima Cristiane, vi em seu quintal uma bomba d’água manual, foi
então que comecei a pensar. Então em um certo dia, fui na casa do meu primo
Michel e falei sobre minha ideia, perguntei se ele queria participar e aceitou.
Começamos a fazer pesquisas sobre bombeadores, e criamos um sistema de
bombeamento para o projeto de irrigação. Em casa eu fiz novos mapas com canais
de irrigação e linhas de aqueduto. Lembro que no dia 30 de outubro, uma mulher
que dirigia sua moto foi atropelada e morta por um caminhão em frente a
Webcenter e do terminal General Osório. Nos dias 3 e 4 de novembro fiz as
provas do ENEM. Ás vezes eu e a psicóloga Katiane jogávamos Stop. Passei o
natal na casa da minha prima Cristiane, junto com seu esposo Cleiton, seus
filhos e familiares. E passei o ano novo na casa da minha vó Josefa e família.
2013
Em janeiro de 2013 tentei ver minhas notas do ENEM mas não
consegui porque eu tinha esquecido a senha, e por isso fiquei em dívida se
passei ou não, mas não esquentei a cabeça. Minha mãe tinha terminado seu namoro
com o Adriano. Comecei a ficar ansioso para que minha aposentadoria saísse
logo, várias vezes eu ficava e sem paciência, minha mãe conversava comigo e me
acalmava. Lembro do incêndio na boate Kiss no Rio Grande do Sul, do falecimento
do cantor Chorão da banda Charle Brown Júnior e do presidente da Venezuela.
Algumas vezes eu e minha mãe íamos na casa da vó Antônia e conversávamos, e com
a nossa amiga Izabel com apelido de Bebel. No CAPS 2 já tinha vários amigos, o
Ismael, Everson, Orestes, Daniel, Auxiliadora e outros. E também a Carla e Elisângela, que eram as psicólogas. Lembro quando a Coreia
do Norte estava ameaçando em atacar a Coreia do Sul, orei muito a Deus e quando
fui na igreja pedi aos meus amigos que fizessem oração, e deu certo, a Coreia
do Norte tinha cessado sua ameaça. Eu ainda ficava me sentindo rejeitado e
odiado, as vezes ficava vindos maus pensamentos em mim, minha família brigando
comigo e falando um monte de coisas e meus amigos debochando de mim, isso
acontecia várias e muitas vezes. Em abril em conheci a Maguinória e seu esposo
Helder, nos tornamos amigos e ia várias vezes com frequência tomar chimarrão
com eles.
Eu e minha mãe tivemos internet e TV a cabo da Claro.
Lembro quando fui no almoço no sábado na casa do meu amigo João do Carmo,
estavam ali quase todo mundo da igreja, estava sentado, ninguém conversava
comigo, eu não senti bem e fui embora para casa. Várias vezes eu colocava no
Facebook que eu me sentia rejeitado e odiado, algumas pessoas me aconselhavam a
não fazer isso, lembro que uma disse: Eu hein, vai orar que passa. E várias
vezes eu ficava pensando na Camila e chorava de tristeza. Um certo dia, minha
mãe me contou um segredo, disse eu tinha outro irmão com nome de Paulo por
parte de outro rapaz que ela conheceu, ela achou que ia ficar bravo, mas não
fiquei e sim feliz. Ela disse que ele mora em Rolim de Moura no estado de
Rondônia com outros parentes nossos. Em junho ela viajou para lá e reviu eles.
Conversei com meu irmão por celular, ele também era adventista, casado e tem
filho. Mas minha mãe e meu irmão Paulo se desentenderam e ficou na casa da
minha tia Nida, depois ela voltou para casa, e eu fiquei triste com o que
aconteceu.
Lembro quando a Vanda e seu filho Mateus se mudaram para a
casa dos fundos e nos tornamos amigos. Em agosto, meu pai passou mau e teve que
ficar no Hospital Universitário, eu visitava ele e até passei uma noite
cuidando dele. Algumas vezes eu usei o Facebook da minha amiga Maguinória e
mandava mensagens para Cecília mãe da Camila pedindo desculpas e uma segunda
chance, até pelo Facebook do Jamic Polo eu mandava, mas não recebia resposta
nenhuma.
Na igreja desde 2011, eu estudava a lição da escola
sabatina com a classe dos jovens e assista as pregações, e as vezes tinha junta
panela na igreja. Nesse ano eu tinha passado pela segunda perícia na
Previdência Social, e depois fiquei aguardando. Um certo dia, a advogada Rosana
ligou para minha mãe, e quando minha mãe chegou em casa, disse que minha
aposentadoria foi aprovada, fiquei muito feliz, mas tive que esperar o juiz
assinar meu processo para então eu poder receber o salário mínimo. No dia
primeiro de novembro eu consegui mandar uma mensagem para a Camila pelo
Facebook da Maguinória, eu disse que esperei dez anos e onze meses tentando
conquistá-la e que eu desistir disso, eu concordei de uma vez em sermos apenas
amigos. A Maguinória disse que foi a melhor coisa que eu fiz. A Camila não
respondeu a mensagem. Lembro das várias vezes que eu e minha mãe íamos na casa
da dona Élida conversar, eu gostava de brincar com os gatos e a cachorrinha
dela. Eu e minha mãe passamos natal em casa, e o ano novo na casa dos meus tios
Jerônimo e Valdecir.
2014
Em 2014 eu completei 25 anos, teve uma pequena festa em
casa, estavam a minha mãe, a Vanda, Mateus, Enésio, Ronice, Grabrielly, Regielly e
dona Teresa. A Maguinória foi quem fez o bolo. No CAPS 2, a psicóloga
Elisângela perguntou se eu queria participar da oficina do jornal, e eu
participei. Um certo dia eu falei para a Elisângela sobre meus projetos. Lembro
que eu tinha achado a professora Clemência no Facebook e ela me adicionou. Em
abril, minha tinha se encontrado com a dona Geralda, proprietária da Fazenda
Serrilha, minha mãe ficou sabendo que o esposo dela o senhor Raul Oliveira
havia falecido, e que o pai do Henrique, Eliane e Ariane tinha falecido também.
Comecei a ficar chateado com política no Brasil, várias vezes eu dizia que
queria ir embora para os Estados Unidos ou para a China e lá desenvolver meus
projetos. Lembro de quando as universitárias iam no CAPS 2 e me faziam
perguntas e eu mostrava meus mapas, elas ficavam impressionadas. Lembro quando
eu assistia as partidas da copa do Brasil, e vi quando o Brasil de propósito de
sete a zero da Alemanha, o que na verdade foi um esquema de corrupção. Essa foi
a pior copa do mundo e de todos os tempos e até o fim do mundo.
No dia 30 de agosto, eu e alguns amigos da igreja fomos
visitar a dona Sônia, ela estava com câncer e fazia tratamento. As vezes eu
lavava a louça para a Maguinória e ela me pagava. Minha mãe me dava dinheiro
quando podia e comprava roupas e calçados para mim. Passei o natal junto com
meu pai, a Joana e meus irmãos. No dia seguinte, fui no almoço na casa da vó
Josefa. Passei o ano novo lá também.
2015
Já em primeiro de janeiro de 2015, ainda estávamos
festejando, lembro que meu pai e meu tio Davi estavam dançando a música Sem
limites pra sonhar dos cantores Fábio Júnior do Brasil e Bonnie Tyler dos
Estados Unidos, eu filmei eles dançando. Foi um dia incrível.
No dia 23 de fevereiro, recebi uma notícia triste. Meu tio
Fernando me ligou de madrugada e disse que meu pai tinha falecido, eu fiquei em
choque, acordei minha mãe e passei o celular para ela, ela ficou chocada, eu
não conseguir chorar, fui então na casa da vó Josefa, alguns da família estavam
lá e me consolaram. A noite fomos no velório, meu tio Davi veio as pressas de
Cuiabá n Mato Grosso onde ele mora e meus tios Leila e Osmar vieram as pressas
de Marília em São Paulo onde eles moram, estavam todos os familiares e amigos,
eu não estava acreditando que eu estava vendo meu pai morto. No dia seguinte
ele foi enterrado, deixei a marca da minha mão na terra. Quando cheguei em
casa, eu coloquei na rádio da TV claro, não lembro qual rádio era, mas estava
tocando a música High da banda Lighthouse Family e comecei a escutar, no final
da música dos sons de violino, comecei a chorar muito. No sábado a tarde, meus
amigos da igreja foram me visitar em casa e me consolaram. Um certo dia, eu
usei o Facebook da Maguinória novamente e mandei, uma mensagem para a Camila,
eu disse que eu precisava do perdão dela e que eu estava sofrendo muito com
isso e falei da morte do meu pai. Algum dia depois ela respondeu e me perdoou,
fiquei muito feliz, perdi meu pai, mas tinha ganhado uma amizade de volta. Eu
tinha ela no meu Facebook, não sei o que aconteceu, mas perdi contato com ela.
Me arrependo por ter me apaixonado pela Camila naquele ano de 2002, me
arrependo de desperdiçar mais de dez anos tentando conquistá-la, eu deveria ser
apenas amigo dela, nem sei se ainda sou. Eu tenho medo de algum dia eu dar de
encontro com ela ou com alguns de seus familiares e amigos, depois de tudo o
que aconteceu é melhor evitar isso. Então comecei seguir em frente na vida, me
esforcei para eu não me apaixonar novamente pela Camila, e talvez por outra
mulher, comecei a desenvolver e fortalecer mais a minha mente, comecei a buscar
mais sabedoria, mais a razão, comecei a desenvolver mais os meus projetos. E
também buscar mais o caminho de Deus. Eu sempre gostei de ver vídeos
interessantes para mim, história, comédia, construções de ferrovias e outras
obras, músicas clássicas, sertanejas raiz, flash back e gospel. Fiquei um ano
sem ver alguns parentes meus por parte do meu falecido pai, e várias vezes eu
ia visitar a Joana e meus irmãos.
Eu pensava em ter namorada como eu sempre sonhava, mas
para isso eu teria que ter dinheiro, eu tentava conquistar algumas moças da
igreja, mas não dava certo, eu me sentia sem sentido.
As vezes eu imagino
quando começar a perseguição final neste mundo, quando as pessoas fiéis do bem
forem perseguidas, torturadas e mortas por não adorar ao homem da iniquidade,
que terá domínio sobre todas as nações, será parecido como aconteceu com os
judeus na segunda guerra mundial, irão perderem seus bens, empregos, direitos,
não podia comprar e vender e foram perseguidas torturadas e mortas, mas fiéis
até o fim. Mas como saber quem é do bem e que não se aliará do lado do mal?
Veja bem, as pessoas boas são: amáveis mas não odeiam seu próximo, são
perseguidas mas não perseguem, são ameaçadas mas não ameaçam, são mortas pelos
seus semelhantes mas não matam seus semelhantes, enfrentam a maldade dos outros
mas não fazem o que é mal aos outros, são humildes de coração e não orgulhosas,
falam a verdade e não a mentira, tem respeito e não ignorância, transmitem
esperança e não ilusões, ajudam o próximo e não prejudica, tem domínio próprio
e não domina os outros, etc. Conhecemos as pessoas pelo caráter.
Fico pensando também quando a perseguição começar se
alguns familiares e amigos meus serem contra mim, digo isso porque muitas pessoas
estão sendo enganadas por falsos profetas e pelo falso evangelho, quem tem amor
a Deus e ao próximo não comete coisas ruins como eu citei, a Bíblia diz que os
justos serão justificados pela fé, independente das religiões pessoas de
coração puro poderão herdar a vida eterna. Vida eterna, que coisa maravilhosa.
Eu sonho em herdar isso, muitos herdaram também, mas muitos também não. Se eu
pudesse fazer um pedido a Deus, eu queria que todos herdassem a vida eterna,
até mesmos as pessoas más e as pessoas más que estão mortas, mas é um pedido
impossível, depende das escolhas de cada pessoa, a vida é feita de escolhas, ou
morreremos justos ou injustos, bondosos ou maldosos. Deus deseja que todos
sejam salvos e que nenhum pereça na morte eterna, (Segunda Epístola (carta) de
Pedro 3:9, mas quem decide somos nós.
Antes eu ficava ansioso pela minha aposentadoria, mas
minha é quem começou a ficar ansiosa. Eu sempre dizia para termos paciência e
fé em Deus de que em breve sairia. Minha mãe tinha conhecido um rapaz chamado
Luciano e eles começaram a namorar, ele era legal e engraçado. No começo ele
estava desempregado e ficava em nossa casa, mas conseguiu emprego em uma
tapeçaria perto de casa. Minha mãe sempre foi cariosa e divertida, riamos dos
filmes, programas e coisas que a gente falava.
Desde 2013 minha mãe é espírita, no começo eu achei
estranho, mas consegui lidar. Ás vezes eu era um pouco fanático e criticava as
coisas que ela falava do espiritismo, mas pela doutrina que eu aprendi na
Bíblia, não devo julgar e criticar, devo ser o sal da terra, ou eu dou bom
gosto ou um gosto azedo e insuportável. Comecei a dar atenção quando ela falava
de sua religião, quando lia alguns trechos de livros da doutrina espírita e
psicografados. Eu ficava em silêncio, mas concordava com algumas coisas. Também
quando eu lia a Bíblia e estudava a lição da escola sabatina, eu lhe falava e
mostrava os ensinamentos e ela ficava admirada, e assim nos entendemos sem
ficar em conflitos um com o outro. Certas coisas que eu odeio são fanatismo,
legalismo e ignorância, não foi isso que aprendi na doutrina de Cristo. Várias
vezes minha mãe chegava brava e desanimada, tinha dias que a patroa dela a dona
Ídes agia com ignorância, e várias vezes.
Na igreja o clima melhorou, não estava mais me sentindo
rejeitado por algumas pessoas. Eu e meus amigos da igreja participamos de
pequeno grupo na casa dos pais da Camila Krieger e Gabriela Krieger,
estudávamos a Bíblia e fazíamos comentários, era muito legal. Finalmente eu
havia terminado o projeto de irrigação que eu e iniciei em 2011 e em 2012 com
meu primo Michel, com mapas de canais e linhas de aquedutos para todas as
regiões áridas e semi-áridas do mundo. Em julho, eu tive outra ideia, pesquisei
as histórias de Israel e Palestina e comecei a criar um projeto de paz para
eles, e quase no final do ano eu terminei. Várias vezes eu falava dos meus
projetos no CAPS 2 para as minhas psicólogas e universitárias. Eu pensava que o
CAPS 2 poderia me ajudar em meus projetos, mas não tinha como e desistir.
Em agosto comecei a trabalhar de terça a quinta na chácara
do tio Geraldo em Rochedo, carpíamos, arrumava as cercas, dava ração para as
vacas, etc. Quando ele ia para Campo Grande eu ficava tomando conta da chácara,
ele pedia para eu ascender a luz da gruta da santa a tardinha, e eu ascendia
sem nenhum problema, mas as vezes quando chovia, o cabo ficava molhado e tinha
medo levar choque e tenho pavor disso. Quando meu tio chegava, ele perguntava
porque eu não ascendia a luz, então eu disse que tenho pavor a choques. Lembro
quando eu trabalhava com Rita irmã do Mateus e filha da Vanda para montar
tendas que ela e seu esposo Robson locam, eu ia nos dias que ela me chamava e
ganhava dinheiro. As vezes a Camila vinha no meu pensamento, mas eu esquecia
dela e pensava em outras coisas. Passei o natal e o ano na chácara com a
família, minha mãe ficou em Campo Grande com o Luciano.
2016
Em abril de 2016, o pastor Assad Bechara foi pregar
durante três dias na igreja do Monte Castelo. No sábado, ele pregou o evangelho
e falou sobre os costumes árabes, no final do culto conversei com ele sobre o
meu projeto que criei para Israel e Palestina e o projeto de irrigação, ele
ficou impressionado, então ele disse para eu vir a tarde na igreja. E chegando
á tarde, algumas pessoas foram na igreja assistir a palestra do senhor Assad,
foi então que ele mencionou meu nome e meu projeto a todos, e disse para que
meu projeto fosse enviado para a ADRA, que é um órgão da Igreja Adventista do
Sétimo dia. Então o senhor Assad pediu para eu ficar de pé e todos me
aplaudiram. Certo dia em abril, eu fui no escritório do senhor Emerson membro
da igreja, levei um pendrive com meus projetos, e pelo computador eles foram
enviados por e-mail para a ADRA.
Nos dias 29, 30 e 31 de abril, eu, alguns amigos meus e
várias pessoas das congregações adventistas participamos do Concílio Integrado
no Colégio Dom Bosco. Teve orações e louvores, falou se de gastos,
discipulados, evangelização, impactos, comunhão, oração, esperança, etc. O tema
era: “Ser igreja é ser amigo.”
Em abril, meu tio Jerônimo faleceu, toda a família foi no
velório. No dia do enterro, muito pranto, algumas pessoas da família que
estavam desentendidas fizeram as pazes. Em julho, meu tio Fausto também
faleceu, antes ele tinha sofrido um acidente, ficou no hospital alguns dias,
mas não resistiu. Algum tempo depois, minha mãe terminou o namoro com o
Luciano. Um certo dia, eu e minha mãe estávamos assistindo a TV a cabo, quando
eu estava trocando de canal, coloquei no TCM, e estava passando o filme
Expresso para o Inferno, já estava no final e assistir. Teve uma parte em que o
personagem Manny desengatou a locomotiva das outras, e seu parceiro fica
desesperado e gritando para ele saltar do trem. Eu achei o final meio sem
sentido, mas gostei do filme. Então certo dia eu assistir todo ele pelo
Youtube, gostei ainda mais e assistir ele mais ou menos cinquenta vezes. Outro
filme que chamou atenção foi Em algum lugar do passado. O final é emocionante.
Desde de 2003 eu já me encantava com a beleza de mulheres
orientais, japonesas, coreanas, chinesas, tailandesas, etc. Também gosto de
mulheres brancas, negras, morenas, ruivas, loiras e outras, mas as orientais
são as que mais me chamam a atenção. Acho que foi quando eu comecei a gosta da
Camila, e a partir de 2016 comecei a chamar as mulheres de lindinhas.
A cada uma semana na sexta feira, ainda continuávamos
participando do pequeno, conhecemos novas pessoas, fazíamos a caridade, pôr do
sol, etc. Depois de alguns meses, conhecemos o Cristian, Aline e a filha deles
a Laura, eles vieram do Paraná para evangelização aqui no estado. Várias vezes
eu saía com meus amigos da igreja. No dia 8 de novembro uma surpresa, minha mãe
chegou em casa feliz e disse que meu processo da aposentadoria tinha sido
assinado, fiquei muito feliz. Minha mãe disse que quando a advogada Rosana
ligou para ela, minha mãe chorou de felicidade e agradeceu muito a Deus. Eu fiz
o mesmo, agradeci muito a Deus. Nos dias 11, 12 e 13 de novembro, eu participei
do I will go (Eu vou), uma organização feita pela Igreja Adventista para
evangelização e para as pessoas encontrarem seu par, ou seja, namorada (o), foi
muito legal, mas eu fui o único do Monte Castelo que foi e eu não encontrei meu
par.
Um certo dia em novembro, eu sonhei pela primeira vez com
meu falecido avô Maurício e meu falecido pai, eu estava em campo com muita
neblina, então eu vi eles dois, mas começaram a andar adiante e eu comecei a
chama-los, e dizia para eles não irem embora, e desapareceram na neblina, o
incrível é que no sonho estava tocando a música que toca no final do filme
Expresso para o Inferno. Quando eu acordei comecei a chorar. Quando contei isso
para minha, ela disse que eu tive um encontro eles. Foi em 2016 que eu escrevi
o meu primeiro Projetos para a Humanidade, antes eu queria ser engenheiro, mas
não muito bom em matemática. Quando eu vi minha amiga Karen Soarele pela
televisão, fiquei sabendo que ela é escritora, então a adicionei no Facebook eu
pedi a ela algumas dicas. Então eu pensei, com tanta imaginação e invenções que
criei pensei em ser escritor, então escrevi meu primeiro livro. Várias vezes eu
sonhei com a Camila, por muito tento não tinha lembrado nela, mas veio na minha
mente de novo, mas poucas vezes isso acontece.
Passei o natal e ano com a família na chácara, eu ajudava
o tio Geraldo, brincava com as crianças de esconde-esconde e de Stop, e revi
minha prima Júlia conheci seu irmão Gustavo. Foi muito legal. Um dia eu mandei
um e-mail para o consulado do Egito em São Paulo (SP) falando sobre meu projeto
de irrigação, e fiquei aguardando a resposta. No dia seguinte. Eles responderam
meu e-mail e queriam marcar uma reunião no consulado, mas não tinha como eu ir,
e não tinha dinheiro. Foi a primeira oportunidade que surgiu para apresentar
meu projeto de irrigação.
2017
O ano de 2017 foi muito bom e também ruim. Resumindo
algumas coisas, criei um novo projeto, conheci novas pessoas pessoalmente e
pelo Facebook, etc. Várias vezes minha mãe chegava em casa cansada, desanimada
e as vezes com dor no corpo, eu fazia massagem nela, a fazia rir, nos finais de
semana fazia almoço muito delicioso como ela sempre faz e assistíamos filmes,
novelas e o programa do Encrenca que é muito legal e engraçado. Certa vez
perguntei ao meu amigo Sérgio que é escritor, como custa para publicar um
livro, ele me mandou o custo, os preços variam de dois mil e oitocentos a
quatro mil e oitocentos, mas para isso eu teria que esperar sair os meus
atrasados da aposentadoria. Comecei a participar da oficina do psicólogo
Eduardo no CAPS 2, uma oficina só para homens, ali conversamos sobre nossos
problemas, política, religião, o dia a dia, damos dicas um para o outro, etc. É
um ótimo grupo. Certo dia, um gato rajado apareceu no telhado de casa, várias
vezes ele aparecia ali, eu dava uns pedaços de comida para ele. Alguns dias
depois, ele estava na varanda de casa, comecei a chegar devagar nele e deixou
fazer carinho nele. Eu e minha mãe adotamos ele, eu coloquei o nome de Tom.
Várias vezes eu jogava vídeo game na casa do meu amigo Wellington e também em
minha casa, pela primeira vez zerei com ele o seu jogo do Residnet Evil 5.
Comprei pelo Mercado Livre o jogo do Resident Evil 2, eu joguei e zerei pela
primeira com o Wellington. Uma vez eu fui com ele e seu pai Marcos em Terenos
buscar equipamentos de som, e quando passamos pelo município muita coisa mudou,
A Fazenda Jaraguá e a Escola Antônio Valadares.
Desde o ano passado eu ficava esperando a ADRA dar alguma
resposta a respeito dos meus projetos. Um certo dia, meu irmão Daniel foi vítima
de estupro, quando a Joana me ligou e me disse isso, fiquei furioso e socava o
chão com a minha mão direita com raiva, minha mãe ficou muito triste. Eu
visitei eles, e a Joana disse que o sujeito foi preso. Com medo, a Joana e as
crianças de mudaram para outro bairro melhor e mais seguro, uma casa de aluguel
cuja um rapaz da Igreja Batista em Células paga Joana e as crianças morarem.
Uma coisa incrível aconteceu comigo este ano, dez vezes eu
sonhei que eu estava na sala da quinta série A na Escola Estadual Antônio
Valadares, e todos que foram dessa turma estavam ali e eu sentado assistindo a
aula e olhando para a Camila. Pela primeira vez tive o mesmo sonho dez vezes. E
teve uma vez também que eu sonhei com meus colegas na Escola Estadual Maria
Eliza Corrêa da Costa, foi sonho incrível também. Em dezembro, comecei a ficar
ansioso para ter uma namorada, na hora de dormir começava a chorar, mas baixo
para minha mãe não escutar, isso durou até janeiro. Certo dia, eu fiquei triste
com uma coisa, na vida eterna e na nova terra não haverá casamentos entre
homens e mulheres, e eu fiquei pensando, nunca tive namorada.
Eu publiquei isso no Facebook, no dia seguinte, meu amigo
Emílio que é adventista também comentou que na Bíblia diz que no “céu” é que
não haverá esses casamentos, mas não diz nada a respeito na “nova terra”. Foi
então que eu fiquei pensando e disse: É verdade. Eu imagino homens e mulheres
casados na nova terra no ABC do amor (abraços, beijos e carinhos) sem
necessidade de fazer sexo, se for a vontade de Deus. Passei o natal com a
família na chácara do tio Geraldo, e o ano novo com a família na casa da vó
Josefa.
2018
Em janeiro de 2018, me senti necessitado de escrever minha
história. No dia 4 de fevereiro eu, minha mãe e toda a família fomos no aniversário
dos oitenta anos da tia Francisca, tomei muito banho de piscina. Na hora de
tirar as fotos com a tia Francisca, eu senti uma tristeza e não fui sair na
foto com a tia Francisca, eu não sei o porque, então fui andar um pouco e
fiquei sentado em uma cadeira no campo de futebol vendo o Adriano esposo da tia
Célia e seu filho Mateus jogando bola. Devido eu ter tomado muito banho e sol
na piscina, fiquei com a pele queimada, e tive que comprar e passar uma loção
ação refrescante, minha pele aos poucos ia descascando. No dia 5 comecei a
escrever meu livro sobre minha história, comecei a voltar no tempo, me lembrei
de coisas que eu não lembrava antes. No dia 22 de fevereiro, me consultei com o
doutor Sérgio, e contei que eu estava muito ansioso e agoniado para conseguir
uma namorada, então ele diminuiu a dose do remédio Risperidona. Com o passar do
tempo, graças Deus a ansiedade passou, com fé e oração. No dia 10 de março, fui
na festa de quinze anos da minha prima Andreza, tinha muita gente, foi incrível.
O dia 1 primeiro de maio não foi apenas o dia do trabalhador, na madrugada em
São Paulo, um prédio antigo que foi ocupado por pessoas onde não tinham onde
morar pegou fogo, todos conseguiram sair, mas quando dois bombeiros tentavam
resgatar um rapaz no alto do prédio, de repente tudo desabou, e o câmera filmou
aquele exato momento, foi terrível. No dia 18 de maio, eu fui pela primeira
para Marília, interior de São Paulo, eu e maior parte da família Ortiz e outras
fomos para lá. Foi incrível passar na ponte da BR-158 sobre o rio Paraná.
Comemoramos a festa de aniversário dos meus tios Leila e Osmar, nos divertimos
muito, e com Flash Back.
No dia 23, eu e o pessoal da Igreja distribuímos comida
para as pessoas da antiga rodoviária, estava frio naquele dia. Em junho eu
assistir algumas partidas da copa do mundo da Rússia, na final torci para a
Croácia ganhar, mas a França ganhou e foi bicampeã. A velha casa e o terreno ao
lado de casa foram finalmente vendidos para construir quatro casas. Durante as
obras surgiu um tormento, começaram a furar brocas e o chão tremia, algumas
rachaduras surgiram nas paredes e minha mãe reclamou na imobiliária. O pior é
que quando derrubaram o velho muro a lâmina do trator rachou o cano de água do
lado de fora, e depois de duas semanas ligando reclamando com raiva, as Águas
Guariroba arrumou o vazamento, o pior é que mandaram os dois rapazes por volta
das duas horas da madrugada e ainda estava frio. Quando eu ia dormir, eu ficava
com medo da parede do meu quarto cair, e as vezes acordava assustado com isso.
Um mês depois mudamos para outra casa a uns quarenta metros de onde morávamos,
aa casa foi reformada e tinha mais espaço que a outra, mas quando veio a chuva
surgiram as goteiras, e novamente minha reclamou na imobiliária.
Nesse ano, o clima na igreja ficou diferente, pessoas
deixaram de frequentar a igreja no Monte Castelo e até deixaram a igreja, os
motivos: desentendimentos, separações, rejeições, mudanças na igreja, falta de
dá atenção aos outros, etc. Ao invés de mim ser o próximo, continuei indo a
igreja, estudando a lição da escola sabatina, fazendo os pôsters das regiões
missionárias, orando pelas pessoas que saíram ou foram outras igrejas, etc. Eu
ainda ficava ansioso pelos meus projetos e por ter uma namorada, me dava tristeza,
vontade de desistir. Minha mãe as vezes chegava cansada e desanimada do
trabalho, dizia que queria ir embora pra outro país, porque aqui no Brasil você
morre de trabalhar e não consegue nada, os parentes daqui de Campo Grande não
ligam para saber como está, não nos visitavam, ansiosa para ir ao Rio de
Janeiro para vê os parentes e eles me conhecerem. É triste, e o que é pior, se
isso chegar aos ouvidos dos que não aceitam essa verdade, se doem e acham ruim.
No dia 2 de setembro fui no aniversário de casamento dos
meus amigos Helder e Maguinória, e como sempre, eu indo toda semana tomar
chimarrão, conversar e rir com eles. Certo dia, uma moça de Ribas do Rio Pardo
chamada Sueli conseguiu entrar em contato com a minha mãe, ela disse que era
parente do meu falecido avô Maurício e meu falecido pai Márcio, quando eu
fiquei sabendo eu fiquei feliz.
No dia 16 eu e minha mãe fomos de carro com meu primo
Valdevino que eu conheci no mesmo dia e sua esposa. Fomos pela Br-262, foi bom
ter passado ali e vê a entrada da Fazenda Porto Alegre. Quando chegamos conheci
minha prima Sueli e outros parentes á noite. No dia seguinte no domingo,
conheci os outros parentes, a tia Guiomar, o tio Militão e outros, e comemos um
belo almoço da tia Guiomar e na casa dela. Eu vi a estação de trem onde minha
mãe e meu pai desembarcavam e embarcavam de Campo Grande. Quando chegou a época
das eleições, eu nem assistia o horário político de dia, as vezes á noite, cada
metendo pau no outro e uns só sabiam falar a mesma coisa e nada de propostas.
Eu estava em dúvida em quer votar, foi terrível quando o Jair Bolsonaro foi
esfaqueado e quase morreu. Até as pessoas se desentendiam uma com as outras.
Antes do primeiro turno, eu orei a Deus para que uma pessoa embora com seus
defeitos, governasse o Brasil com justiça, patriotismo, igualdade, etc. Voltei
nele. Passaram-se duas semanas, orei novamente a Deus e votei no Bolsonaro
novamente. Eu estava em casa com minha mãe, o meu amigo Mateus tinha lá tomar
tereré comigo. Quando liguei a televisão a tarde, coloquei na Globo, estavam
falando das votações, em alguns minutos, anunciaram que Jair Bolsonaro foi
eleito presidente. Comemoramos, as pessoas ascenderam fogos e vibraram. Mas
algo incrível aconteceu, Bolsonaro, sua esposa e outras pessoas fizerem uma
oração ao vivo em agradecimento a Deus.
Em outubro fui transferido para o CAPS Afrodite no centro
da cidade, gostei de lá e conheci novas pessoas. Alguns que frequentam o CAPS
da Vila Margarida onde eu frequentava foram para o Afrodite também. Em novembro,
meu amigo Wellington tinha se acidentado de moto, fiquei dois dias na parte da
tarde com ele no hospital da Santa Casa. Quando eu fui com ele fazer o raio x,
uma moça levou ele na cadeira de rodas, entramos no elevador. Havia uma outra
enfermeira, bonita e um pouco gorda, olhou pra mim e disse: Nossa, você tem um
rabetão. Eu não sabia o que falar. Depois o Wellington falou pra eu pegar o
número dela. Eu disse rindo: Ah, é melhor não. Fala sério, minha bunda é mais
bonita que minha cara? Kkkkk. Quando contei isso para alguns amigos, eles
riram. Durante seis meses, eu criei um novo mapa imaginário das ferrovias do
Brasil e fiz alterações nos meus projetos com ideias novas.
Um certo dia, minha mãe foi despedida de onde ela
trabalhava, a patroa e a filha foram muito ignorantes com ela. Minha mãe ficou
muito triste, e eu também. No dia 15 de dezembro no sábado, fui a tarde na
igreja, eu fiquei com o Vitor na sonoplastia, eu ainda estava triste com o
acontecido da minha mãe. Teve o ano de encerramento, e os desbravadores estavam
sendo condecorados, eu estava olhando aquilo e fiquei pensando: Vários amigos
meus se formaram, os desbravadores sendo condecorados, e eu ainda não consegui
chegar no objetivo dos meus projetos. Eu senti vontade de chorar, falei para o
Vitor que eu ia tomar água, na verdade eu sai, peguei meu guarda-chuva e fui
embora para casa. Alguns amigos meus estavam no corredor quando me viram indo
embora. Mandei uma mensagem para a Camila Moraes e avisei que eu não ia para o
ensaio da peça do natal. No sábado seguinte não fui a igreja, fiquei em casa
escutando hinos das Irmãs Falavinha e Trio Alexandre.
Graças a Deus e com as orações, minha mãe conseguiu outro
emprego de doméstica. Na outra semana, eu sair do grupo da família Souza,
cansei de postar imagens e vídeos e quase ou ninguém curtir ou comentar, eu me
sentir rejeitado outra vez como no passado. O meu primo Luís Felipe foi o único
que conversou comigo no Whatsapp e perguntou porque eu saí. Ele disse que sente
a mesma coisa que eu senti no grupo. Eu e minha mãe passamos a ceia do natal em
casa, e eu almocei com a família Ortiz na casa do tio Geraldo Ortiz. Na
madrugada do dia 27, eu sonhei que eu estava em Terenos, em seguida parei em um
balneário, mas não tinha ninguém, mas de repente apareceu a Camila e me abraçou
por de trás pelo pescoço e com toda alegria. Depois eu acordei trinta minutos
para as oito horas, o horário que meu celular desperta. Um ano sem lembrar e
pensar nela e isso acontece, eu fiquei quase vinte minutos sentado na cama e me
perguntando porque isso aconteceu. Orei novamente a Deus para eu não ficar
pensando nela. Tomei o café da manhã e fiquei sentado na varanda, triste e me
perguntando porque eu tinha que sonhar com ela, orei várias vezes para eu
esquece-la, já está comprometida e o que esse sonho significa. Eu queria sonhar
com outras pessoas, como minha avó Genilce que eu ainda não vi e outras coisas.
Se eu tivesse uma namorada agora, eu estaria pensando nela e de vê-la várias
vezes, e por isso eu anseio em ter uma.
No dia seguinte, eu estava tomando tereré á tarde, fiquei
pensando se iria ter casamento na nova terra, em Gênesis eu aprendi que Deus
falou que não era bom o homem ficar só, Ele disse isso antes do pecado surgir,
então ele fez a mulher, e Adão e Eva passaram a ser uma só carne e Deus disse
para eles serem fecundos e multiplicar. Então eu pensei: Se Deus disse que não
era bom Adão ficar só, ao contrário dele disser para eles se fecundar, Deus
poderia ter criado por exemplo mil homens e mil mulheres no mesmo dia, isso é
uma suposição minha. Então no caso, Deus só iria dizer para eles se fecundarem
após o surgimento do pecado, com isso veio o envelhecimento e a humanidade
teria que continuar crescendo. É mais ou menos isso. Em Isaías diz: “... nem
terão filhos para a calamidade porque são a posteridade bendita do Senhor, e os
seus filhos estarão com eles”. Então eu pensei que esses “eles” são pai e mãe.
Entrei no Youtube e vi um vídeo do pastor Leandro Quadros
falando a respeito disso. Ele leu em Mateus 22:30 que na ressureição não há
casamento e são como anjos. Quando li isso, senti uma profunda tristeza, não
que eu seja contra as escrituras. Então me lembrei de Malaquias 3:6 que diz que
Deus não muda e não volta atrás, e que em Gênesis ele disse que não era bom o
homem ficar só e depois uniu Adão e Eva em uma só carne, isso antes do
surgimento do pecado. Fiquei confuso e triste ao mesmo tempo, fiquei pensando
nos meus primos e amigos que namoraram, casaram e tiveram filhos, em breve eu
completarei trinta anos e ainda solteiro. Quantas pessoas namoram e casam, mas
brigam, se separam, batem e matam uns aos outros, não valorizam o amor e não
colocam Deus como o pilar do relacionamento, enquanto isso muitas pessoas
querendo namorar e casar.
O ano de 2018 foi incrível. Nesse ano eu consegui o meu
dinheiro dos retroativos da minha aposentadoria do LOAS graças a Deus e a minha
advogada Rosana Cantero.
2019
Em 1 de janeiro foi inaugurado o Burger King no Comper Ipê
na avenida Mascarenhas de Morais. No dia 2 janeiro fui no velório da mãe do meu
amigo Fábio Kanashiro. No dia 30 de janeiro comemoramos o aniversário da tia
Francisca.
Certo dia conversei com a minha mãe se ela concordava de
eu publicar o livro com o dinheiro dos retroativos. Ela estava meio sem certeza,
mas me apoiou e concordou. Então liguei para o senhor Valter Jeronymo da
Editora Life e disse que eu queria publicar meu livro. Marcamos um dia no
escritório do meu amigo Sérgio Sepúlvida Junior. No dia 2 de julho eu assinei
um contrato para a publicação do livro e dei uma de 1.950,00 R$. Em junho teve
festa junina da chácara dos tios Geraldo e Suzana. Foram muitas pessoas.
No dia 12 de agosto fui com a minha mãe comer um lanche no
Burger King. No dia 16 eu fui em uma lanchonete comemorar o aniversário
do meu primo Vinícius.
No dia 18 eu e minha mãe fomos na festa de
confraternização da Andressa, esposa do meu primo Nestorzinho e mãe dos meus
primos Júlia e Gustavo. Ela estava fazendo tratamento contra o câncer e por
isso fizerem a confraternização. A cantora Delinha estava lá e cantou a música
O sol e a lua. Eu, minha mãe e outras pessoas tiraram fotos com a Delinha.
No mês de outubro a Andressa faleceu, no mesmo em que meu
primo do Rio de Janeiro também faleceu. Em novembro o meu amigo pastor Nelson
também faleceu com mais de oitenta anos. Foi um ano de percas, como a do José
Marciano da ex dupla João Mineiro e Marciano, Rafael Miguel que fez o
personagem Paçoca na novela Chiquititas, Gugu Liberato e outros.
No mês de novembro o senhor Valter me ligou dizendo que o
meu havia ficado pronto. Eu estava preocupado em não conseguir o local da
publicação. Então meu amigo Ádemir Barbosa conseguiu um local da publicação, a
ACP (Sindicato Campo Grandense dos Profissionais da Educação Pública). No dia
12 de dezembro foi a publicação do meu livro Projetos para a humanidade e a
noite de autógrafos e fotos. Alguns ganharam de presente o meu livro, outros
comparam. Poucas pessoas foram no dia da publicação, além de mim e minha mãe
foram o Ádemir, Camila Krieger e seu esposo Lucas, minha tia Henriqueta,
Fabiana Souza, tia Célia e o Adriano, Sérgio Sepúlvida Júnior, Valter Jeronymo,
doutor Emerson Otoni e sua mãe dona Nair, Fábio Kanashiro, Eduardo Fischer,
Heber Souza Rosa, meu primo Michel Ortiz e sua esposa Renata e Carlos Antônio
Nogueira (o Kaká). Depois da publicação, outros conhecidos meus e da minha mãe
compraram meu livro. Eu e minha mãe esperamos até as 21:00 se ia vim mais
pessoas, mas não vieram, então fomos embora de Uber. Passei o natal com a
família na chácara dos tios Geraldo e Suzana, e o ano novo em casa com a minha
mãe.
Uma coisa que eu
fico pensando as vezes, como seria bom se vários países do mundo, inclusive o
Brasil, criassem florestas permanentes de eucaliptos em grandes extensões.
Seria muito bom para contribuir para o meio ambiente. Nesses anos da década,
enviei vários e-mails para embaixadas, consulados e até para a ONU falando
sobre meus projetos, e não tive respostas. Até hoje a ADRA não me retornou
sobre meus projetos que enviei em 2016.
Uma foto minha com a Delinha em Campo
Grande, MS, 2019.
2020
Em janeiro de 2020 o ano começou bombando. Os Estados
Unidos matam o general do Irã Qasem Solemaini e surge o Covid 19 na China. E
para piorar, o Covid se espalha pelo mundo, e no mês de março chegou no Brasil.
O sentimento foi de medo, pedi muito a Deus que não piorasse a situação, mas
aumentou, e muito. Um certo dia em abril, postei no Facebook e no Instagram que
a vacina do Covid 19 já existia, e que a tendência era morrer mais pessoas. Talvez
seja um equívoco, mas o mundo é mal, ganancioso, negligente, onde guerras e
doenças geram dinheiro. Eu fui á igreja até o mês de março, depois não pude ir
por causa da pandemia, nem ao Caps Afrodite eu não pude ir a cada catorze dias,
somente nas consultas marcadas com o doutor Guilherme. Eu comecei a escrever as histórias das
empresas ferroviárias que eu criei, das que existiram e das atuais, o que levou
maior parte do ano. No começo de maio, o meu gato Tom ficou muito doente. Eu e
minha mãe levamos ele na clínica veterinária sábado a noite no dia 2. A
veterinária disse que ele estava muito mal e que corria risco de vida e morte.
Eu e minha mãe ficamos tristes e pensativos. Então o tom ficou internado.
Voltamos para casa e ficamos preocupados.
Na hora de dormir eu orei a Deus para o Tom melhorar e
ficar bem. No dia 3 as 3:00 horas da madrugada, eu estava dormindo quando a
veterinária me ligou e disse que Tom veio a óbito. Eu e minha mãe ficamos
tristes. Na manhã seguinte o clima em casa era de tristeza. Eu chorei muito
pela morte do Tom, e na segunda feira também. Na terça feira, a minha amiga
Valdirene perguntou para minha mãe pelo Whatsapp se nós queríamos outro gato.
Estávamos indecisos, mas adotamos. Minha mãe colocou o nome dele de Sansão,
castramos e vacinamos ele. Ás vezes eu e minha mãe sentíamos falta do Tom e dos
bons momentos que tivemos com ele. No mês de julho os casos de Covid aumentaram
no Mato Grosso do Sul e no país. Não se falava mais em notícias de acidentes de
veículos, criminalidade, guerras, fome, etc, e só falava do Covid. Uma das
coisas tristes que aconteceu foi o racismo nos Estados Unidos, eu nunca vi
tanto isso como eu vi esse ano. Pessoas de vários lugares no mundo fizeram
passeatas contra essa má prática dizendo “Vidas Negras Importam”. Sim,
importam, aliás, todas as vidas humanas importam. Os dias se passavam, eu
comecei a ficar triste e as vezes eu chorava quando ia dormir, com saudades do
Tom, com medo de morrer do Covid, com medo de perder minha mãe, parentes e
amigos. Eu até postei isso nos grupos da família e da igreja do Monte Castelo
no Whatsapp, no Instagram, minha mãe nem sabe disso, pra não preocupar ela.
Alguns parentes e amigos me consolaram. Aos sábados eu assistia o culto pelo
celular, mas eu sentia vontade de está lá. Toda vez na hora de dormir e acordar
eu orava a Deus para curar as pessoas com Covid e proteger os profissionais da
saúde, minha família e amigos, para chover e acabar com as queimadas na
Amazônia e Pantanal, e pelas pessoas do mundo. Comecei a escrever a estória das
ferrovias que eu criei no Brasil e fiz alterações no mapa das ferrovias, e
também fazer o mapa de cada companhia.
Em julho eu vi no R7 que a Rússia estava para lançar a
vacina do Covid. Alguns a notícia passou no Jornal Hoje e outros jornais
falando da Sputnik V, mas ela ainda não estava totalmente concluída, mas fiquei
ainda mais feliz e confiante. No dia 26 de setembro meus amigos Ana Lídia e
Bruno foram de manhã na minha casa levar o cartão do meu dízimo. Eu perguntei
como eles estavam, e estavam bem. A Ana Lídia disse que ia ter um negócio a
tarde na igreja e me convidou, e pediu pra mim levar minhas coleções. Então a
tarde eu fui na igreja, fiquei feliz em está lá, a minha amiga Adriana Fagundes
e outras pessoas ali ficaram felizes em me verem. A noite as crianças e alguns
adultos levaram suas coleções de brinquedos e outras coisas. Eu levei minha
coleção de moedas e cédulas de alguns países, todos acharam legal. A nossa
amiga da igreja Hilda Segawa havia pegado Covid e foi para o hospital. Eu e
outas pessoas da igreja e de outras oramos por ela durantes vários dias. No mês
de novembro ela faleceu. Em dezembro minha tia Leila veio de Marília no estado
de São Paulo. Ela ficou doente e ficou no posto de saúde do bairro Tiradentes,
ela ficou mais ou menos quase uma semana lá. Os médicos não sabiam o que ela
tinha, então disseram que tinha que enviá-la para o hospital da Santa Casa para
fazer enxames. Ela ficou alguns dias lá, e não tinha como visitá-la por causa
da pandemia. Eu, a família e amigos oramos por ela. Eu até pedi oração por ela
no grupo adventista no Facebook. No dia 17 quando eu acordei pela manhã, vi meu
Whatsapp e minha tia Hilda me mandou uma mensagem dizendo que ela tinha
morrido. Abri o grupo da família Ortiz e todos estavam tristes. Eu fiquei muito
triste e não entendi. Poxa, eu, a família e amigos oramos tanto por ela.
Eu agradeci aos irmãos de fé do grupo adventista por terem
orado por ela. Oitocentos de setenta e nove pessoas reagiram na postagem. Os
médicos não conseguiram descobrir a causa da morte. No dia 18 fomos ao velório
dela, todos nós muito tristes, mais tristes ainda estavam meu tio Osmar seu
esposo e meus primos Felipe e Vitória seus filhos. O Danilo o namorado da
Vitória ficou consolando ela por vários minutos, e depois por vários minutos a
Vitória ficou chorando e abraçando o corpo da mãe dela. Eu não tinha conseguido
chorar no enterro.
Quando eu cheguei em casa, fiquei sentado na varanda
olhando para o céu. Coloquei a música da Cindi Lauper, All Trough the Night,
quase no final da música comecei a chorar. Depois postei no Facebook, Instagram
e no grupo da família Ortiz a frase “Uma Nova Manhã Virá Outras Vez”. Passei o
natal na chácara do tio Geraldo, algumas pessoas da família foram. Quando
chegou a meia noite a tia Suzana fez um discurso de agradecimentos e pelas
lutas que passamos no ano. Depois fizeram a oração do Pai Nosso e Ave Maria, eu
fiquei em silêncio e triste ainda pela morte da tia Leila. Passei virada do ano
novo com minha mãe em casa. Na manhã fui na casa da vó Josefa onde estava a
família.
Era uma vez em 2020.
2021
No dia 2 de janeiro eu estava
escrevendo minha história, escutando a música da novela Estrela de Fogo com o
fone de ouvido e olhando as fazendas no Google Maps onde eu e minha mãe moramos.
Eu estava olhando a Fazenda Porto Alegre em Ribas do Rio Pardo, me veio a ideia
de pesquisar sobre seu Olímpio Perondi. Então pesquisei no Google e achei a
foto dele junto com um rapaz de óculos escuro e uma menina na Fazenda Poção em
Jaraguari. Eu entrei no Instagram e achei a neta do seu Perondi a Thabita que é
veterinária e comecei a seguir ela. Nesse ano comecei a criar as histórias do
Brasil, das ferrovias, rodovias e hidrovias do Brasil, e dos canais e sistemas
de irrigação que criei na década passada.
No mês de janeiro, minha tia Orcídia e uma
amiga dela foram em casa apresentar as plantas de e apartamentos a venda e que
seriam construídos. Conversamos e tiramos dúvidas. Então eu comecei a ficar
pensando onde seria a casa minha e da minha mãe. Entre janeiro, fevereiro e
início de março eu ia dormir com tristeza, porque eu não queria me mudar do
bairro Monte Castelo e deixar de congregar na igreja do bairro e ficava com
medo de mudar pra longe e lugar perigoso. Antes de dormir eu orava a Deus pedindo
pra continuar morando no Monte Castelo ou ali perto. Eu até perguntei aos
irmãos do grupo da igreja se sabiam onde tinha casa pra vender. Tinha uma casa
a venda perto de casa, mas custava mais de trezentos mil. Então certo dia eu
mandei um áudio pra minha mãe desabafando, e ela disse pra eu não ficar assim e
confiar em Deus e que tudo daria certo.
Em abril eu assistia o Alecone Z e o
Jé Biarra jogando o Resident Evil do um ao três ao vivo na game play do
Facebook. No mesmo mês entrei no grupo Somos Árabes. Num certo dia eu publiquei
um dos mapas do meu projeto de irrigação e falando que o objetivo era irrigar o
Oriente Médio. No dia seguinte uma mulher chamada Khadija Ismail se interessou
pelo meu projeto e me deu o seu número de celular. Conversamos no Whatsapp e
falamos das nossas ideias. Falei que meu sonho era apresentar o projeto de
irrigação que eu e meu primo Michel criamos. Alguns dias se passaram e eu
fiquei aguardando ela me retornar. Ela tinha me passando o número do esposo
dela o Roberto. Também conversamos e falamos das nossas ideias. Passaram-se
duas semanas e eles não me retornaram. Eu ficava ansioso e esperando eles
mandarem algum áudio, mas nada. No dia 1 de maio eu entrei no Instagram e vi a
publicação da Thabita que o seu Perondi o avô dela tinha falecido dia trinta de
abril aos noventa e quatro anos. Então eu postei uma foto minha da Fazenda
Poção onde eu e minha mãe moramos e coloquei a notícia no Instagram e Facebook.
No dia 15 de maio quando eu estava na
chácara do tio Geraldo, o seu Roberto mandou um áudio falando que não conversou
comigo nos dias anteriores porque estava muito ocupado e viajando. Passaram-se
os dias, eu mandei um áudio para Khadija perguntando se iríamos continuar
falando sobre os projetos, mas nem ela e o seu Roberto me retornaram. Antes do
final de maio eu fiz a inscrição de casas e apartamentos da Amhasf.
No dia 26 de junho quando eu estava a
noite em casa, eu estava na sala quase pra encerrar minha atividade no meu
notbook quando a Joana mãe dos meus irmãos por parte do meu falecido pai me
ligou em outro número dizendo que o meu irmão Daniel tentou cometer suicídio
tomando um remédio escondido da tarja preta em uma casa de uns amigos. Eu e
minha mãe ficamos em choque quando recebemos essa notícia. Liguei para o meu
tio Fernando e falei pra ele o que aconteceu e disse pra ele avisar a família
Ortiz. No dia seguinte pela manhã, eu e minha mãe fomos na UPA da Vila Almeida
visitar o Daniel, e lá estavam a Joana e minha irmã Sara na frente do posto.
Perguntamos como estava o Daniel e a Joana disse que estava aguardando para vê
ele lá dentro e que ele estava tomando soro para tirar o efeito do remédio que
ele tomou e que ele estava bem, mas disse que ele seria encaminhado para o Caps
quando surgisse uma vaga. Ficamos aguardando na frente da UPA e chegaram alguns
parentes e amigos da Joana e ficamos conversando. Horas depois liberaram a
entrada para vê o Daniel, mas somente uma pessoa podia entrar. Então eu entrei,
passei pelos corredores e encontrei ele lá. Cumprimentei ele e perguntei como
ele estava. Disse que estava bem e que queria ir para casa. Eu dei pra ele a
comida que os tios dele haviam levado e dei pra ele e comeu tudo. Depois me
despedi dele e fui lá na frente e falei pra minha mãe, para Joana e a irmã dela
que o Daniel estava bem e melhorando e que estava ansioso pra ir pra casa. No
dia 30 na quarta-feira na parte da tarde, eu e meu tio Fernando fomos na casa
da Joana, e meu tio conversou com ela e o Daniel e disse palavras de conforto e
ânimo para eles, e também para a minha irmã Sara. Poucas pessoas da família e
amigos, uma entre os mil perguntaram do meu irmão e como ele estava. Quando fui
na igreja no sábado ninguém perguntou. Isso me deixou muito triste e desanimado
e comecei a ficar meio inquieto. Na hora de dormir eu esqueci de tomar os
remédios pro sono e na manhã seguinte é que fui lembrar. Comecei a lembrar em
Mateus 24:12: O amor de quase todos esfriará.
Faça uma festa e verá quantos irão.
Se um dia ficar em uma situação difícil verá quantos não te ajudarão.
Estou cansando desse mundo. As redes
sociais aproximaram as pessoas, e ao mesmo tempo as distanciaram. Com essa
tecnologia avançada as pessoas não ligam, não mandam mensagens, pessoas ficam
com depressão e solidão e as outras pessoas não dão atenção. Pra mim o mundo
não é barulhento e sim silencioso. As pessoas não veem, não escutam e nem
falam, mas quando alguém faz algo ou fala algo errado, fazem barulho, barulho
de críticas, julgamentos e ofensas.
Quando eu estava assistindo a série
dos Smalville As aventuras do Super Boy na Rede Brasil, no final do episódio
quando a Lana não quis a rosa que o Clark deu pra ela e jogou no lixo, estava
tocando a música Don’t dream it’s over de Sixpence None the Richer, uma música
muito bonita que foi sucesso nos anos 2000. Depois fiquei escutando ela no
Youtube e fiquei lembrando dos bons momentos naquela década. Na hora de dormir
fiquei com essa música na mente e comecei a sentir saudades, e comecei a
chorar. Passou o pranto e comecei a dormir.
Várias vezes enviei e mails para
algumas embaixadas como a do Irã e Emirados Árabes Unidos á respeito do projeto
de irrigação meu e do Michel, e também o meu projeto para Israel e Palestina,
mas não me retornaram. Alguns e mails não foram enviados por causa de erro ao
enviar. Também enviei alguns projetos meus para a assessoria do Nelsinho Trad
através do e-mail da Erika lá de Brasília, mas não foram aprovados, segundo ela
e a assessoria. Tirei print das conversas do Whatsapp com a Erika e da
assessoria do Nelsinho Trad no Messenger do Facebook. Eu fiquei meio chateado
pelos meus projetos não serem aprovados, e comecei a pensar que esse círculo
chamado Campo Grande estava me impedindo de crescer e expandir, e que aqui há
muitas pessoas desalentadas, e que talvez isso seja o motivo de eu não
conseguir ninguém que se interessassem pelos meus projetos. Se até pelo meu
livro muitos não se interessaram.
No dia 23 de julho assisti a abertura
dos jogos olímpicos de Tóquio. Foi muito legal. Depois assisti algumas
competições, como a do skate feminino onde a Raíssa Leal ficou com a prata. No
dia 15 de agosto eu a família Ortiz nos reunimos na casa da vó Josefa para
falarmos quem iria no casamento da minha tia Hilda. Anotaram os nomes e teve o
cálculo de quanto cada um teria que pagar para irmos de van e mais a hospedagem
lá em Santa Catarina. Antes disso já tinham criado um grupo no Whatsapp do
casamento. No dia 16 eu assisti o Jornal Hoje e vi as tropas dos Estados Unidos
se retirando do Afeganistão, e as pessoas correndo tentando entrar no avião e
fugir do Talibã. Foi muito triste. Então eu mandei uma mensagem no grupo da
igreja do Monte Castelo pedindo aos membros para orar pelo povo afegão. Alguns
não se pronunciaram. No dia 17 recebi a notícia do falecimento da minha prima
Renata do Rio de Janeiro devido o câncer na tireóide. Eu não a conheci
pessoalmente.
No dia 27 eu estava olhando o
Instagram, e vi a foto de luto da minha amiga Elvira. Então eu comentei: Meus
sentimentos. Alguns minutos depois, ela me respondeu e perguntou se eu lembrava
do Eder lá da Fazenda Pontal do Cachoeirão em Terenos. Foi ele que tinha
falecido. Na hora eu fiquei espantado e triste. Perguntei qual foi a causa da
morte, e ela disse que foi de Covid. Então abrir meu Facebook, pesquisei e
achei o Eder, e também seus pais o seu Cláudio, e também sua irmã Eliane. O seu
Cláudio aceitou minha solicitação, mandei meus sentimentos a ele. Alguns anos
atrás eu tentei achá-los várias no Facebook, mas eu não me lembrava dos seus
sobre nomes. E quando achei eles, fiquei sabendo dessa triste notícia. Na hora
de dormir, tomei meus remédios e fiquei olhando a chuva pela janela da cozinha,
e fiquei pensando. Ao dormir continuava chovendo, e fiquei pensando ainda mais
no que aconteceu com o Eder. Fiquei lembrando do seu Perondi que também tinha
falecido, dos bons momentos que eu tive no passado: Tudo está ficando para
trás, e não tem como voltar no tempo. Antes do final de agosto, eu mandei uma
mensagem para o Campo Grande News falando sobre meu livro e meus projetos. No
dia 29, uma moça chamada Thailla, me mandou uma mensagem falando que recebeu
minha mensagem, e que queria fazer uma matéria sobre meu livro. No dia 2, uma
moça também do Campo Grande News me ligou me manhã quando eu estava dormindo.
Ela me fez algumas perguntas sobre mim e o livro, os objetivos e tudo mais.
Falei que desde a década passada, estou tentando apresentar e propor meus
projetos, e até enviando e mails. Eu disse que os únicos interessados foi o
consulado do Egito em São Paulo, que até queriam marcar uma reunião para falar
sobre meu projeto de irrigação. E disse também que eu queria propor também meu
projeto para Israel e Palestina.
No dia seguinte, o meu amigo Mateus
falou que eu estava no Campo Grande News. Fui no Google, e lá estava eu na
matéria. Compartilhei no Whatsapp, Instagram e Facebook. Alguns familiares e
amigos me parabenizaram. Eu fiquei muito feliz. Mas, meu primo, que não prefiro
mencionar o nome, não gostou de seu nome e idade ter sido colocado na matéria.
Disse que não deu autorização para isso, e que não queria fazer mais parte de
um dos projetos do meu livro. E disse para tirar o nome dele da matéria do
jornal. Eu fiquei sem graça e meio triste com isso. Mas passou, e continuei de
rosto erguido e confiante de que eu conseguir dá um outro grande passo, e
continuar sonhando. Liguei para as moças do Campo Grande News e pedi para tirar
o nome dele e a idade da matéria.
No dia 1 de novembro, mandei um áudio
para dona Khadija falando sobre colocarmos a questão do meio ambiente nos
nossos projetos, inclusive eu disse que o meu projeto de irrigação seria também
para ajudar a natureza. Ela concordou e incluiu isso, e disse que quando tudo
tivesse pronto, eles iriam me trazer ao local do escritório em Minas Gerais.
Ela disse que ela e seu Roberto estavam desenvolvendo lavoura de soja orgânica,
e também uma associação dos orgânicos de frutas e legumes. Ela perguntou se eu
me interessaria em participar. Eu disse que não entendo muito sobre lavouras e
solos, que eu não consigo decorar certas coisas devido minha síndrome de
Asperger. Ela perguntou se eu poderia ir até Minas Gerais para conversarmos
sobre os projetos, e disse que iria pagar minha ida e volta. Eu disse que eu
nunca viajei sozinho para outro lugar distante. Eu perguntei quando mais ou
menos iríamos começar os projetos, porque eu disse que eu e minha família por
parte do meu falecido pai iríamos viajar para Santa Catarina, e se isso não
iria atrapalhar.
Ela disse que gostou do meu
esclarecimento e paciência. Disse que ela e o pessoal lá em Minas Gerais
estavam na fase de arar e fertilizar a terra para a soja, disse que somente em
janeiro de 2022 iríamos começar os projetos. Ela disse também que poderíamos
conversar online em vídeo conferência, ou que eu poderia ir de carro pra lá com
tudo pago. Então concordei, e eu disse que continuaríamos nos falando e
trocando ideias. Eu disse pra ela que eu sou adventista e guardo o sábado, e
perguntei se isso não iria atrapalhar, caso se algum dia tivesse uma reunião ou
outra coisa no sábado. Ela disse que não iria ter problema, que ela é muçulmana
e que seu esposo era católico, e disse que devemos nos unir por uma causa maior
que é o universo, o respeito, amor, a terra e a Deus, e disse pra eu ficar
despreocupado. Então fiquei feliz e mandei um ok com um sorriso. Então eu
comecei a pesquisar sobre a produção de soja orgânica no Brasil, os diferentes
tipos de solos do país e outros países, e mandei no e mail da dona Khadija.
Um certo dia, eu e meu irmão Paulo
conversamos um com o outro pelo Whatsapp. Ele estava sentido dores na mão, e
disse que iria operá-la no médico. Ele, sua esposa Vera, seu filho Vitor, e seu
filho Luan do primeiro casamento estavam bem. As vezes eu não sentia vontade de
ir no casamento da minha tia Hilda, não era mal pressentimento ou coisa assim,
não sei porque mas, eu não queria ir. Mas aí lembrei que era a primeira vez que
eu fui convidado para um casamento, e que eu não poderia fazer uma desfeita
dessa. Então comecei pedir a Deus na hora de dormir para nos proteger na ida e
volta e ocorrer tudo certo no casamento.
No dia 23, eu e a família Ortiz
saímos por volta das 23:00 horas de Campo Grande e fomos para Santa Catarina, e
seguimos pela deserta MS-040. As 4:00 da manhã chegamos em Bataguassu e
atravessamos o rio Paraná. Por volta das 7:00, paramos para tomar o café da
manhã no Posto São Mateus em Paraguaçu Paulista (SP), e depois continuamos a
rota. Só não entendi é que passamos por Ourinhos, sendo que se passássemos por
Londrina chegaríamos mais cedo em Santa Catarina. Então seguimos pela BR-153
sentido á Ponta Grossa (PR). Lindas paisagens, serras, cidades e fazendas pelo
caminho. Quase chegando a noite, passamos pelo rodo anel de Curitiba. Horas
chegamos na divisa entre Paraná e Santa Catarina, e só por volta das 22:00
chegamos na casa dos meus tios Hilda e Thiago em Tijucas.
No dia seguinte, fomos para o hotel Cartagena
na rua 226, Meia Praia, um ótimo e belo hotel bem próximo da praia. Tomamos
banho na praia no mesmo dia. Na sexta de manhã fomos na praia de novo. Meu tio
Fernando pediu pra eu comprar uma lata de cerveja pra ele num bar ali perto
onde estávamos. Quando eu votei, uma adolescente branca e loira que estava
sentada no banco na calçada olhou com um sorriso pra mim, e eu continuei
seguindo entre frente. Eu estava de máscara, e eu fiquei encantado com isso,
coisa rara de acontecer em Campo Grande. Eu estava no paraíso. Até deu vontade
de morar lá. Depois do banho, voltamos para o hotel, almoçamos, e depois
descansamos. Horas depois, nos arrumamos para o casamento dia 26 de novembro.
Depois de tardezinha, fomos para o Indaía Restaurante em Itapema, o local do
casamento. O casamento foi lindo, perfeito e maravilhoso. Depois comemos uma
deliciosa comida do buffet. Depois teve música e dança. Eu e minha família
apreciamos a linda vista no restaurante no alto da serra e avistando a cidade
de Itapema e o mar. O casamento terminou na madrugada de sábado por volta das
3:00 horas, e voltamos para o hotel. Alguns estavam bêbados.
No mesmo dia fomos na praia
novamente. Á noite passeamos pelo centro de Meia Praia, e depois de algumas
horas andando, fomos numa pizzaria, onde comemos quatro pizzas enormes,
estávamos em mais ou menos 21 pessoas. Estavam deliciosas. No domingo,
arrumamos as malas, e saímos do hotel por volta das 13:00 horas, mas tivemos
que parar no mecânico para trocar uma peça da Van. Algumas horas depois
seguimos de volta pra casa. E dessa vez passamos por Londrina (PR), e eu estava
na frente guiando o Rafael o motorista pelo GPS. Chegamos em Campo Grande na
tarde de segunda feira. Uma certa noite em casa, quando fui dormir, eu fiquei
pensando na minha mãe. A rotina dela nesses anos era casa serviço, serviço
casa, e as vezes chegava alegre, outras chegava muito cansada, chateada e
tarde. Várias vezes fui na chácara e não dava para ela ir, em festas de
aniversárias, almoços de domingo na vó Josefa. Quando chegava domingo, ela
queria mesmo é descansar e sem barulho. Eu não me conformo com isso. Eu fui á
vários lugares, como em Santa Catarina e não dava pra minha mãe ir, porque não
tinha quem ficar cuidando nossa casa e o Sansão. As vezes minha mãe dizia que
queria ir embora para o Rio de Janeiro, ou para outro país, porque aqui no
Brasil as pessoas morrem de trabalhar e não conseguem nada. E reclamava do
aluguel caro e da casa com alguns problemas de estrutura. Então fiquei pensando
que, quando eu conseguir dinheiro com os meus projetos, minha mãe não precisará
de trabalhar e se aposentar. E também comprar uma casa condomínio para sair do
aluguel. Assim minha mãe teria como ir nos encontros da família na cidade e na
chácara, e viajar um dia ao Rio de Janeiro e vê os parentes que ela não vê há
muito tempo e que eu não os conheci pessoalmente. Em dezembro, eu e minha mãe
levamos alguns alimentos no Corpo de Bombeiros do bairro Coronel Antonino para
ser levados as pessoas que enfrentaram enchentes na Bahia. E eu mandei um
dinheiro pelo pix para ajudá-los. Passei o natal na chácara dos meus tios
Geraldo e Suzana, e foram algumas pessoas da família. E passei o ano novo em
casa com minha mãe. Na manhã seguinte fomos na casa da vó Josefa, e fazia tempo
que minha mãe não ia lá.
2022
Um certo dia, mandei uma mensagem
para a dona Khadija perguntando quando nós iríamos começar a colocar nossos
projetos em prática. Ela disse que depois do dia 20 de janeiro iríamos começar.
Passaram-se os dias e nada dela me dá uma notícia de quando íamos começar. Eu
comecei a ficar um pouco ansioso. Nesse ano recriei meu mapa imaginário das
ferrovias, e fiz alterações nos outros mapas. E também recriei as histórias das
empresas ferroviárias do Brasil.
No dia 17 de janeiro, eu tive um
sonho. Não entendi direito, mas foi assim: Era de manhã numa escola dos Estados
Unidos, com vários alunos e professores. Uma adolescente, loira, branca e de
olhos claros, e bonita. Ela era uma aluna excelente e famosa na escola, muitos
gostavam dela. Ela era também em um esporte, e sempre ganhava. Mas ela morreu,
todos ficaram tristes, e fizeram uma homenagem a ela. As 9:00 horas eu acordei,
e fiquei pensando se era apenas um sonho, ou foi um acontecimento. Até perdi o
sono.
Um certo dia, minha mãe sentiu alguns
sintomas no corpo, e no dia 2 de fevereiro ela foi no posto de saúde para fazer
o teste do Covid. Quando ela chegou em casa, ela disse que testou positivo. Eu
meio que fiquei em choque, mas ela não estava tão ruim dos sintomas. Ela ficou
de atestado e tomou os remédios que o médico passou. No dia 3 eu fui no posto
fazer o teste. Como foi ruim o cotonete no nariz. Eu testei positivo, mas eu
estava apenas com uma gripe, e a médica me receitou os remédios e fiquei de
atestado alguns dias em casa. Poucos parentes e alguns amigos perguntaram como
estávamos e nos desejaram melhoras.
Um certo dia no domingo, choveu muito
e começou a goteirar muito pela parede da sala em casa. Minha mãe ficou
irritada com isso. No dia seguinte minha mãe reclamou na imobiliária. O seu
Izailton o corretor foi conversar com a dona que mora atrás de nós para que
deixasse arrumar a parede para evitar as goteiras. Ela disse que só ia deixar
arrumar com uma ordem judicial. O seu Izailton falou para minha mãe, e aí ela
disse que teríamos que nos mudar. Eu fiquei triste, pois eu não queria mudar do
bairro. Minha mãe conversou por celular com o tio Geraldo sobre a casa á venda
que ele tem no bairro Noroeste. Então fiquei pensando: “Morar no Noroeste’’? Lá
é um bairro muito perigoso, e eu ficaria com medo de roubar nossas coisas ou de
sermos assaltados na rua.” Então pedi oração dos irmãos na igreja pelo grupo do
Whatsapp, e falei que eu não queria me mudar do bairro Monte Castelo e deixar
de congregar na igreja no bairro. E disse que eu tenho medo de morar no
Noroeste. Ao dormir fiz minha oração e falei pra Deus o que eu sinto, e pedi
para nos ajudar. E pedi para que a dona que mora atrás de nós deixasse arrumar a
parede para não precisarmos mudar e para não prejudicar o seu Nelson, o dono da
casa onde moramos. Quando fui levar o dinheiro do aluguel na imobiliária, a
Aparecida, que é a funcionária, falou que ia falar ao seu Nelson para ele
conversar com a dona de trás de casa. Antes de dormir, orei novamente á Deus
para nos ajudar e para me dar forças e ânimo. Poucos dias depois, minha disse
que o seu Izailton disse que a dona de trás de casa deixou arrumar a parede.
Fiquei feliz e disse pra minha mãe que eu tinha orado á Deus, e agradeci. Eu
continuava ansioso para a dona Khadija me dá uma notícia. As vezes eu mandava
um bom dia, boa noite, e ela me dava também. Então orei á Deus para que ela me
desse uma notícia de quando iríamos começar nossos projetos. Um certo sábado na
classe dos jovens na igreja, eu pedi aos meus amigos para orar por mim á
respeito disso.
No dia 25 de fevereiro, eu assisti o
MSTV pela manhã e falaram que a Rússia invadiu a Ucrânia. Eu já esperava isso
acontecer, e era apenas o começo de uma nova fase da guerra fria. Então eu
pensei sobre o assunto e pesquisei. Criei umas propostas e enviei para a ONU
por e-mail.
No dia 15, eu mandei uma mensagem de
bom dia para dona Khadija as 12:11. As 12:13, ela mandou um áudio agradecendo
pelas mensagens. E disse que os negócios estavam em andamento e iria ter mais
negócios em campos de lavoura e produção de frutas e legumes que poderão se
escassear devido as guerras e as mudanças climáticas, e que em abril iríamos
começar e para eu me preparar. Eu respondi: “Que bom, estarei aguardando.”
O mês de abril chegou, e mais uma vez
não deu para mim, a dona Khadija e seu Roberto fazermos o vídeo conferência
para conversarmos sobre nossos projetos, e foi adiado para outro dia, e mesmo
assim não ocorreu. Eu estava ansioso. Eles estavam muito corridos e surgiu
imprevistos, mas resolvi esperar e aguardar eles retornar.
As vezes vem muitos pensamentos em
minha mente. Eu tenho um apego muito grande ao passado e tempos antigos. Em
nasci em 1989, mas penso que nasci a mais tempo, em 1940, 1950. Há coisas nessa
geração que não me agradam, por exemplo, a maneira como mudou o comportamento
das pessoas de mau a pior. Eu sinto saudades dos bons tempos. Aqueles bons
momentos em família, com os amigos nas escolas, quando não tinha Whatsapp e
Facebook, e nos comunicávamos muito bem. Eu fico triste é que tudo passou e
ficou para trás tão rápido, e agora parece que as coisas ficaram sem graça.
Eu fico pensando nas gerações que
passaram, os bons momentos que ocorreram. Aquela geração que construiu a
ferrovia Noroeste do Brasil, os programas de tv e emissoras que ficaram para
trás, das copas do mundo e olimpíadas, quando as pessoas comemoram o fim da
segunda guerra, as pessoas que fizeram história, os desenhos animados que
fizeram sucesso, os bons momentos na zonas rural e suas gerações que nela
viveram, os velhos encontros em família, parentes e amigos que se foram,
ferrovias que levaram o progresso e foram erradicadas, os cantores e
compositores que deixaram suas marcas na história, países que deixaram de
existir, as missas e cultos nas igrejas e suas gerações. É, são muitas
recordações. Minha mãe também sente saudades dos momentos que ela teve em
Mangaratiba, e dos avôs dela. As vezes não sinto vontade de viver nesse mundo,
tem coisas que é difícil entender e aceitar. As vezes fico pensando quanto
tempo vou viver aqui, e se estou preparado para a grande e final perseguição
que fala em Apocalipse 12:17. Sinto vontade de visitar as fazendas onde eu
morei, mas só posso vê-las pelas imagens do Google Maps.
Sinto falta das pessoas que deixaram
a igreja, se afastaram e não deram mais notícias, dos bons momentos na igreja
do Monte Castelo, e dos membros que faleceram. Não é fácil, mas peço a Deus
para me dar forças e ânimo e não desistir.
Passaram-se os meses de abril e maio,
e a dona Khadija não me mandou mais notícias, de vez em quando mandava bom dia
e boa noite. Então percebi que a ideia de colocar os projetos em prática não
iriam acontecer, e meus sonhos não iriam se realizar. Eu fiquei pensando para
quem eu poderia pedir ajuda, mas não achei ninguém. Em junho eu mandei meu
projeto para o Mato Grosso do Sul por e-mail para a senadora Soraya Thronicke,
e fiquei aguardando a resposta. Procurei uns grupos de irrigação no Facebook
para tentar achar alguém a me ajudar no meu projeto de irrigação, mas não
consegui. As vezes minha mãe olhava para mim e perguntava porque eu estava meio
chateado, e era porque a dona Khadija e seu Roberto não mandavam notícias, ou
novidades, e quando iríamos começar nossos projetos. Parece que tudo que eu
tento fazer dá errado. Eu penso que como já estamos no fim dos tempos, meus
projetos não se tornaram realidade, ou ninguém vai saber deles. As vezes penso
em morar eu e minha mãe numa chácara, e lá eu fazer minhas maquetes que sonho
em fazer um dia, e deixar esses meus projetos somente onde eu criei, no meu
mundo imaginário.
Na primeira semana de junho, eu
recebi uma notícia no grupo da igreja que a Maria Fernanda tinha se suicidado.
Eu não acreditei e fiquei triste. Foi
muito triste para a família, e para o meu amigo Pedro que era esposo dela. No
dia 16, a cantora do Mato Grosso do Sul a Delinha faleceu, a dama do rasqueado
que deixou um grande legado na história da música sertaneja.
No dia 6 de agosto, fui com meu amigo
Wellington assistir o filme do Thor, Amor e Trovão no shopping Bosque dos Ipês.
Chegamos meio atrasados, mas conseguimos assistir. Quando chegou quase no final
do filme, tocou uma parte da música November Rain do Guns N’ Roses na parte em
que as crianças receberam poder da arma do Thor e lutaram. O Wellington ficou
feliz porque é a música favorita dele. E, quando chegou na parte em que o Gorr
encontrou sua filha antes de morrer, o Wellington se emocionou, porque ele se
lembrou da sua filha Iadira, que fazia um tempo que não a viu mais. E eu
segurei para não chorar, porque fiquei triste que a Jane Foster morreu. Quando
filme acabou, fomos passear no shopping, e depois fomos embora.
Dias depois, no dia 31 de agosto, eu
estava dormindo na sala com a tv ligada na Globo no Jornal Hoje. De repente eu
acordei, e vi que Mikhail Gorbatchov tinha falecido. Eu fiquei triste porque eu
gosto de história. Ele foi o último líder da União Soviética. É como tivesse
falecido o último imperador do Império Romano, do Império Chinês, do Império
Russo. E no dia 8 de setembro, faleceu a rainha do Reino Unido Elizabeth II. Na
época das eleições, passavam as propagandas eleitorais, e os políticos como
sempre atacando e acusando uns aos outros e negando seus erros. Sem falar então
dos debates. O da Globo foi tenso. E nas redes sociais, as pessoas criticando,
zombando, brigando, excluídos uns aos outros, etc. No primeiro turno votei na
Simone Tebet, e no segundo eu não tive escolha a não ser votar em Bolsonaro em
vez do Lula. E o Lula ganhou com 50,90% votos. Eu aceitei o resultado na boa,
postei nas redes sociais desejando ao Lula fazer o melhor possível para esse
país. Mas muitos não se conformaram, e com o passar de alguns dias, fizeram
passeatas e protestos contra o resultado das eleições. E digo uma coisa: 2023
promete. Como será essa nova temporada? Melhor não fazer spoilers kkkk.
No dia 8 de novembro, fui no lançamento do livro Frações de Vida
dos meus amigos Ádemir e Marduqueu na Semed de Campo Grande.
No dia 14 de novembro, postei isso nas minhas redes sociais: Sabe quando
você cansa de remar por não chegar em lugar nenhum? Eu me sinto assim. Parece
que tudo que faço não dá certo, perda de tempo. Do que adianta eu ter tanta
sabedoria, talento. Só hoje eu saí de quatro grupos no WhatsApp. Não sei
explicar o porquê. Vou dar um tempo. Até na igreja as coisas não são como
antes. Talvez o problema esteja em mim.
Só Deus e minha mãe para me ajudar...
Somente minha mãe e minha tia Hilda perguntaram porque eu saí dos
grupos. Não é fácil. Eu me sinto pressionado com tantas coisas erradas nesse
mundo que, as vezes dá até vontade de excluir meu Facebook e Instagram ou de
gritar de raiva.
Um certo dia em novembro, eu estava em casa a tarde assistindo a novela
O rei do gado, quando vi a parte em que o Bruno Menzenga e Giuseppe Berdinazzi
estavam discutindo sobre o neto deles. E quando Giuseppe faleceu eu chorei,
porque lembrei do meu avô Maurício Machado, que gostava muito de mim. É uma
novela bonita, tirando algumas partes. Marcou minha infância na Fazenda
Voltinha em Ribas do Rio Pardo.
Há uns meses atrás, pensei em criar um site para as pessoas conhecer
meus trabalhos, meus mapas por exemplo, já que publicar meu primeiro livro não
deu certo. No dia 18, meu grande amigo Belchior me ajudou a criar meu site. E
no dia 24 postei meu primeiro artigo sobre o Brasil imaginário. Enviei para
alguns parentes e amigos, e também no Facebook e Instagram. Passei o natal com
minha família na chácara dos meus tios Geraldo e Suzana. Eu ia passar o ano
novo com a família Ortiz, mas peguei Covid, sintomas bem leves, e não pude ir.
Passei em casa com minha mãe.
2023
Mais um ano tinha chegado. E parecia que as coisas continuavam as
mesmas. Sinto falta dos bons momentos da igreja, dos J.A, dos pequenos grupos,
quando tinha mais pessoas, dos testemunhos, etc. Resumindo, eu queria que
voltasse a essência. Vi pessoas entrarem e saírem da igreja, alguns se mudaram,
outros faleceram, outros se desentenderam com outros, pessoas que não falaram
mais comigo. Eu tenho minas falhas, pecados. Me pergunto se eu espantei as
pessoas da igreja, se fiz algo errado. Nunca desrespeitei ninguém, nunca
discuti, nunca rejeitei. Sempre tratei todos com respeito.
Em janeiro, meu tio Emílio pegou uma pneumonia e foi internado no
Hospital da Cassems. Fiquei sabendo quando fui na casa da minha tia Henriqueta,
e minha tia Suzana me falou. Ela perguntou se eu podia ficar com o tio no
hospital para fazer companhia para ele. Eu disse que sim. Eu ia na parte da
tarde das 13:00 até 18:30 durante três semanas. Ajudei á dar comida, ir no
banheiro e gostamos do canal ISTV, como o filme do Porco voador. Ele se
emocionou no final do filme Titanic de 1953, na parte em que as pessoas do
navio cantavam o hino Mais perto quero estar. Meus primos Talita e Júnior,
filhos do meu tio Emílio perguntavam como ele estava. Eu mandava notícias para
eles no Whatsapp e Facebook. Eles mandaram fotos deles e dos seus filhos e
mostrei pro meu tio. Ele ficou feliz e disse que eles estavam bonitos.
Depois de dois meses, no dia 16 de fevereiro eu estava no Whatsapp e vi
que seu Roberto estava online. Então liguei pra ele, perguntei como ele e a
dona Khadija estavam. Conversamos umas quatro horas falando sobre nossas
ideias, soja orgânica, etc. Eu fiquei agradecido a Deus por eles estarem bem
porque pensei que tinha acontecido alguma coisa. Nesse
ano recebi alta do caps, e comecei a frequentar a terapia na UBS do bairro Coronel
Antonino, onde conheci algumas pessoas. Meses depois começamos a fazer caminhada
na praça do Belmar Fidalgo no centro de Campo Grande.
No dia 25 de maio eu tive um sonho. Eu estava em um palácio na Rússia
com Vladimir Putin e outras pessoas. E que o Cazaquistão e a Mongólia se
unificaram com a Rússia. Seria apenas um sonho ou aviso? No dia 17 de julho fui
visitar minha tia Francisca no hospital, ela estava internada. Quando a vi
segurei para não chorar, estava com uma aparência diferente. Ela não sabia que
eu estava ali, mal conseguia ver. No dia seguinte recebi a notícia do seu
falecimento. Quase toda a família foi no velório.
Uma certa noite em agosto, eu estava em casa assistindo canais no
Youtube pela televisão, e apareceu uma propaganda falando da Lei Rouanet
explicando como funcionando. Então pensei e me inscrevi, e comecei a assistir
as aulas no Youtube. Acreditei que poderia ser minha chance de mostrar meus
projetos e histórias ao Brasil e o mundo. Mas no final disso tudo tinha um
porém, tinha que pagar a matrícula. Como eu não tinha dinheiro então desistir.
Uma pena.
Na madrugada do dia 3 de outubro tive outro sonho com a Rússia,
Cazaquistão, e também com a Ucrânia. Dessa vez foi diferente. A Rússia estava
atacando a Ucrânia com toda a sua força armamentista, e as pessoas corriam
desesperadas. O Cazaquistão iria se unificar com a Rússia. Essa também pretende
anexar novos territórios. Alguns meses atrás vi uma matéria dizendo que Belarus
quer se unificar com a Rússia. Sonhar com o mesmo sonho duas vezes? Será apenas
um sonho ou aviso? O tempo dará a resposta. Infelizmente a situação só piora
nesse mundo. A guerra entre Israel e o Hamas, calor intenso, e o amor das
pessoas se esfriando. Pior, se congelando. Ultimamente me senti triste e
desanimado. As coisas não são mais como antes, as pessoas estão estranhas, sem
interesse do que é bom. E se é uma modinha chata e maldita que estão seguindo
agora é fingir de demência e ser capiroto. Aff! Que maldicéia. Uma das coisas
boas desse ano foi meu site que teve mais de três mil visualizações.
2024
Em janeiro comecei a fazer os mapas imaginários dos estados brasileiros,
começando pelo Rio Grande do Sul. No final de abril e o mês de maio, o estado
enfrentou a pior enchente desde 1941. Foi muito triste. Eu e minha mãe levamos
doações ao corpo de bombeiro para ser entregues aos gaúchos. Infelizmente nosso
querido Silvio Santos faleceu, deixando um grande legado no Brasil. Nesse dia,
fui visitar meu primo André na Santa Casa, ele estava dormindo, e o estado dele
era grave. No dia seguinte ele faleceu. Nesse ano enviei, sei lá, mais de cem
mensagens no Facebook, Instagram e e-mails sobre meus projetos, mas ninguém se
interessou, e pouquíssimas pessoas me responderam, mas também não quiseram me
ajudar. Enviei também para várias embaixadas, rabinos, xeiques, emissoras,
famosos, igrejas, jornais, programas de tv, etc. Mas ninguém me respondeu.
Então eu cansei de enviar, pois percebo que o fim está próximo. Não é falta de
fé minha, satanás sabe das minhas boas intenções e usa as pessoas para não me
darem atenção.
No dia
15 de novembro, á noite, eu estava vendo as fazendas que morei pelo Google
Maps, eu estava vendo a Fazenda Cascata, onde morei em 1999 e 2000. Eu estava escutando música, de repente eu
falei comigo mesmo no pensamento: pare, pare a música. Então pausei a música, e
vi a vila de casas abandonada e com mato. Me deu uma tristeza, fiquei lembrando
dos momentos que vivi e as pessoas que conheci. A estrada que dava acesso á ela
sumiu por causa da lavoura. Eu também estava vendo a Fazenda Recanto onde morei
em 1995, a casa onde morei foi demolida. Então me lembrei de um ditado: nem
todas as coisas permanecem no mesmo lugar. No dia 8 de dezembro, fui no almoço da Afapedi com seu Ari e dona
Sônia, e foi muito bom. No final tirei fotos com os ferroviários aposentados. No
dia, eu e meus amigos da igreja fomos na casa do pastor Juracy para nos despedimos
dele, da dona Sirley e Jossinara. Conversamos muito, o pastor então perguntou qual
os nossos sonhos. Todos pediram para que Jesus volte em breve, e eu também pedi
isso, e desabafei, dizendo que eu tenho meus projetos, mas que ninguém se interessa,
e que o mundo e seus adoradores provaram que são um fracasso. Nada será como antes, eu e minha mãe estamos
cansados de muitas coisas, injustiças, frieza, desunião na família, as pessoas
abandonando Deus, o mal sempre vencendo e outros. Meu sonho agora é que Jesus
volte em breve. Essa é a minha esperança. Mas enquanto ele não volta, vou levar
sua mensagem e testemunhar de seu amor ás pessoas.
Se você gostou e quiser
doar qualquer valor para apoiar meu trabalho será bem-vindo. Deus te abençoe e
proteja.
Pix: 033 064 281 24.
Jonas Alexandre Xerém da Silva.