O mar de Aral foi um lago de água salgada, localizado na Ásia Central, entre as províncias de Aqtobe e Qyzylorda (ao norte), e a região autônoma uzbeque de Caracakpaquistão (ao sul). O nome (em português, mar das Ilhas) refere-se à grande quantidade de ilhas presentes em seu leito (mais de 1500). Este já foi o quarto maior lago do mundo com 68 000 km² de superfície e 1100 km³ de volume de água, mas tem encolhido gradualmente desde os anos 1960 após projetos de irrigação soviéticos terem desviado os rios que o alimentam. Em 2007 já havia se reduzido a apenas 10% de seu tamanho original, e em 2010 estava dividido em três porções menores, em avançado processo de desertificação.
A outrora próspera indústria pesqueira foi praticamente
destruída, provocando desemprego e dificuldades económicas. A região também foi
fortemente poluída, com graves problemas de saúde pública como consequência. O
recuo do mar também já terá provocado uma mudança climática local com verões
cada vez mais quentes e secos, e invernos mais frios e longos.
Está em curso
uma iniciativa no Cazaquistão para salvar e recuperar o norte do mar de
Aral. Como parte desta iniciativa, foi concluída uma barragem em 2005, e, em
2008, o nível da água já havia subido doze metros em comparação ao nível mais
baixo, registrado em 2003. A salinidade caiu, e os peixes são encontrados em
número suficiente para tornar a pesca viável. No entanto, as perspectivas para
o mar remanescente do sul permanece sombria, tendo sido chamado de "um dos
piores desastres ambientais do planeta".
A presença militar russa no mar de Aral começou em 1847, com a
fundação da Raimsk, que logo foi rebatizado Aralsk, perto da foz do Sir
Dária. Logo, a Marinha Imperial Russa começou a implantar os seus navios no
mar. do mar de Aral.
Para a
navegação, em 1851, dois navios recém-construídos chegaram da Suécia, novamente
através de caravanas até Orenburgo.
O governo soviético começou a desviar parte das águas dos rios que
alimentavam o mar de Aral, o Amu Dária (ao sul) e o Sir
Dária (no nordeste) em 1918. Com o fim da I Primeira Guerra
Mundial havia a necessidade de aumentar a produção de alimentos, tais como
arroz, cereais e melões. Havia também planos de se produzir algodão no deserto
próximo ao lago; o algodão sempre valorizado era chamado “ouro branco”.
A quantidade de água retirada dos rios que abasteciam o mar de Aral duplicou entre 1960 e 2000, assim como a produção de algodão. No mesmo período, o Uzbequistão tornou-se o 3º maior exportador de algodão do mundo. Como consequência da redução do volume de água, a salinidade do lago quase quintuplicou e matou a maior parte de sua fauna e flora naturais. A próspera indústria pesqueira faliu, assim como as cidades ao longo das margens. Houve desemprego e dificuldades econômicas.
Mapa dos desvios dos rios Amu Dária e Sir Dária.
As
poucas águas do mar de Aral também ficaram fortemente poluídas, em grande parte
como resultado de testes com armamentos e projetos industriais, e o uso maciço
de pesticidas e fertilizantes. As pessoas passaram a sofrer com a falta de água
doce e as culturas na região estão sendo destruídas pelo sal depositado sobre a
terra. Nos últimos anos, o vento tem soprado sal a partir do solo seco e
poluído, e causado danos à saúde pública. Há também relatos de alterações
climáticas na região, com verões cada vez mais quentes e secos, e
A superfície do mar de Aral já reduziu em 60% do seu tamanho e em cerca
de 80% do seu volume. Em 1960 o mar de Aral era o quarto maior lago do mundo,
com uma área aproximada de 68 000 km ², e um volume de 1 100 km ³. Em
1998, caiu para 28 687 km ², o oitavo maior lago do mundo. Durante o mesmo
período, a salinidade do mar aumentou cerca de 10 g/l para cerca de 45 g/l.
Em 2005, foi
concluída a Barragem de Kokaral, um dique de 12 km de comprimento, no
Cazaquistão, com o objetivo de reduzir a quantidade de água que jorra para a
porção sul do lago. O projeto contou com o apoio do Banco Mundial e custou US$
87 milhões. Também foram realizadas melhorias nos canais do rio Sir Dária,
o que ampliou o fluxo de água para a parte norte do Mar de Aral. Com o aumento
no nível do lago, a produção pesqueira saltou de 1.360 toneladas, em 2006, para
7 106 toneladas, em 2016. Há um novo projeto de ampliar o tamanho do
dique, o que poderia aumentar o volume de água da porção norte em 50%.
Mar de Aral seco no
Uzbequistão.
Em torno de 2,7
bilhões de metros cúbicos de água transbordam da barragem de Kokaral para a
parte sul do Mar de Aral, todos os anos. No entanto, a evaporação dessa água
impede o aumento do nível do sul do lago. A necessidade econômica do rio Amu
Dária para irrigação da produção de algodão no Uzbequistão tem impedido a
realização de projetos para a recuperação do sul do lago. Essa porção é
constituída por uma faixa de água no oeste e uma bacia seca no leste.
Minha proposta.
Em 2015, eu criei um projeto de irrigação chamado Aguater (Água, Ar e Terra) para todas as regiões secas do mundo, inclusive para o Mar de Aral. Minha ideia é fazer os desvios através de um canal dos rios Ienissei e Ob na Rússia até o Cazaquistão. O canal seria o da Sibéria.
Quem sabe um dia, o
mar de Aral voltará como era antes, com sua beleza natural, as pessoas voltarem
a trabalhar na pesca e terem uma boa qualidade de vida.
Se você gostou e quiser
doar qualquer valor para apoiar meu trabalho será bem-vindo. Deus te abençoe e
proteja.
Pix: 033 064 281 24.
Jonas Alexandre Xerém da Silva.